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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Pesquisadores encontram tratamento celular contra a demência

Biólogos moleculares da Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, encontraram um novo método com células-tronco que poderia facilitar o desenvolvimento de um tratamento contra a demência frontotemporal, informaram os pesquisadores na publicação "Stem Cell Reports".


Os biólogos conseguiram imitar no laboratório o processo de aparição de um defeito genético que acaba dando forma a um grupo de demências frontotemporais e conseguiram corrigi-lo.

Esse tipo de demência é responsável por aproximadamente 50% dos casos diagnosticados desta doença antes dos 60 anos e até 40% dos pacientes têm um histórico familiar, ou seja, é hereditário.

A demência frontotemporal é o nome de um grupo de demências progressivas que afetam principalmente a personalidade, o comportamento e o fala de um indivíduo.

Philip Van Damme e Catherine Verfaillie, responsáveis pelo projeto, se apoiaram em três pacientes com uma mutação no gene da progranulina GNR para criar linhagens de célula-tronco pluripotenciais induzidas.Depois, induziram uma diferenciação cortical e, posteriormente, permitiram que as neuroprogenitoras amadurecessem para neurônios corticais.

Os pesquisadores descobriram em seu trabalho um defeito na geração de neurônios corticais relacionado com a mutação GRN e uma "via de sinalização" específica, denominada Wnt, que é importante para o desenvolvimento neuronal.

Foi detectado que esse elemento "impede as células se transformarem em células maduras do córtex cerebral", disse Catherine Verfaillie ao jornal "De Morgen". "Não sabíamos" até agora, acrescentou.

A equipe de pesquisadores determinou que é possível corrigir esse defeito através da manipulação genética ou um tratamento que inibe a via de sinalização Wnt para assim restaurar a capacidade das células-tronco pluripotenciais induzidas de se transformar em neurônios corticais.

De acordo com o jornal belga, um tratamento com pequenas moléculas também surtiu efeito. "Este é o primeiro passo rumo ao desenvolvimento de um remédio. A pesquisa se centra agora em moléculas específicas que atuam de uma maneira específica. Esperamos chegar a esse ponto daqui a poucos anos", afirmaram.
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