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Domingo, 28 de julho de 2024

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Representante da nova geração de cantoras, Ana Cañas lança álbum de rock

A cantora Ana Cañas lança o álbum 'Hein?'. (Foto: Divulgação)Ana Cañas, 28, foi “uma adolescente completamente radiofônica”. “Não tive músicos na família, não conhecia Tom Jobim até os meus 22 anos. Sempre dei mais atenção para o teatro. De repente, no meio do caminho tinha uma pedra, e eu me encontrei”, resume. Elogiada por Caetano Veloso e Chico Buarque, a artista faz parte de uma nova geração de cantoras e compositoras brasileiras. “Acho que existe uma cena rica de mulheres com muitas coisas interessantes a dizer.”


A vontade de criar algo “mais parecido com uma navalha do que com uma luva”, como a própria autora explica, fez com que ela chegasse ao repertório de seu segundo álbum, “Hein?”. “O título só tem um significado”, diz. “É uma pergunta, e todo mundo está me pedindo uma resposta. É quase uma onomatopeia e tem uma coisa universal que eu gosto muito. Não tem ironia, é mais um jogo, uma brincadeira.”

A sonoridade roqueira se deve, em grande parte, aos Mutantes. “Eu já tinha ouvido ‘Baby’ e ‘Top top’, até que em setembro convidei o Sérgio Dias para tocar comigo num show e aproveitei para comprar todos os discos da formação original. Foi aí que entendi a banda de verdade. Se o Liminha estava envolvido com aquilo, logo pensei que ele não devia bater bem. Eu estava num momento de descoberta do rock ‘n’ roll e convidá-lo para produzir o disco foi um caminho natural.”

O ex-Titã Arnaldo Antunes, que assina com Ana Cañas cinco faixas do disco, era conhecido apenas “de estrada” e foi sugestão do produtor. “Da primeira vez que o vi, eu chorei. Ele é um gênio, tem muita intimidade com a palavra. É um poeta cru e quente. Bastaram alguns vinhos durante uma noite para fazermos quatro letras”, conta a artista.

A única versão do álbum ficou por conta de “Chuck Berry Fields Forever” com Gilberto Gil, autor da música, tocando violão. “Mostramos a versão que tínhamos gravado pra ver se ele gostava e o Gil não só gostou como acabou tocando violão, aos 45 minutos do segundo tempo. Foi uma cereja no bolo”, diz. “A tropicália é um movimento que me influencia muito. Até hoje sinto as ressonâncias disso na minha vida. São artistas que sabem que não vale a pena ficar preso numa caixa.”
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