Nelsinho Piquet admitiu, nesta quinta-feira em Hungaroring, que sua vaga na Renault até o fim da temporada ainda não está 100% segura, após a difícil primeira metade da temporada. O brasileiro, de 23 anos, em seu segundo ano na Fórmula 1, não marcou pontos em 2009 e esteve cotado para sair da do time antes do GP da Hungria, o que não se confirmou. Ele ainda não sabe se vai terminar o ano na vaga da equipe francesa e admitiu que seu pai, o tricampeão Nelson Piquet, será peça importante neste quebra-cabeças, nas negociações para sua permanência na Renault.

- A vaga não está 100% garantida no resto do ano. É por isso que vou fazer meu trabalho e deixar meu pai cuidar do resto. Tivemos um pouco de confusão na última corrida, sei que foi uma grande chance estar aqui. Tivemos conflitos sobre contratos, além de uma guerra de egos entre algumas pessoas. Mas tudo acabou dando certo. O problema é que, nestes dias, um contrato não significa muito na Fórmula 1 e tivemos vários casos de pilotos que as equipes quebraram compromissos. tudo continua assim. A única coisa que posso fazer é pilotar e fazer o melhor. Preciso deixar meu pai trabalhar, para ver o que ele pode fazer - diz Nelsinho, na entrevista coletiva oficial na Hungria.

O piloto da Renault, superado pelo companheiro Fernando Alonso desde o ano passado, disse que agora está acostumado a lidar com as incertezas quanto ao seu futuro.

- Tenho de tentar fazer o melhor e minhas chances agora são maiores, porque tenho o mesmo carro e ele parece ser bem mais rápido. Venho enfrentando este tipo de situação desde o ano passado, não é algo novo para mim. Neste estágio, você precisa saber como lidar com isso. Diria que lutar pelo campeonato, assim como Lewis Hamilton fez no ano passado, deve ser pior do que passar por isso. Esta é a única parte estressante do automobilismo. Você precisa saber lidar com isso.