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Quinta-feira, 09 de maio de 2024

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Emissão de títulos para financiar BNDES e despesa com juros fazem dívida pública subir em junho

A emissão de títulos para financiar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e as despesas com os juros fizeram a Dívida Pública Federal (DPF) encerrar o primeiro semestre em alta. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, o estoque da DPF aumentou 3,33% em junho, passando de R$ 1,388 trilhão em maio para R$ 1,434 trilhão no mês passado.


A alta deveu-se à dívida mobiliária (em títulos) federal interna, que aumentou 3,74% e fechou junho em R$ 1,274 trilhão. No último mês, o Tesouro emitiu R$ 35,05 bilhões em títulos a mais do que resgatou, além de incorporar R$ 11,52 bilhões com o pagamento de juros.

O aumento da dívida só não foi maior porque a dívida pública externa caiu 1,17% e fechou junho em R$ 112,73 bilhões. De acordo com o Tesouro, a redução foi provocada pela queda de 1,08% no dólar no mês passado.

A principal responsável pelo aumento da dívida pública foi a emissão de R$ 26 bilhões em títulos para financiar a segunda parcela do empréstimo de R$ 100 bilhões para reforçar o capital do BNDES, determinado pela Medida Provisória 453, editada em janeiro. A primeira parcela, de R$ 13 bilhões, havia saído em março e também havia sido financiada pela emissão de títulos.

Essas emissões aumentaram a participação dos papéis prefixados na dívida pública. Segundo o Tesouro, esses títulos corresponderam a 31,74% da dívida mobiliária interna. A parcela dos títulos corrigidos pela taxa Selic caiu de 39,24% para 37,71%. Os papéis atrelados a índices de preços passaram de 28,44% para 28,15% e o percentual dos títulos vinculados ao câmbio fechou o mês em 0,90%, praticamente estável em relação aos 0,94% registrados em maio.

Com rendimento definido antecipadamente, os papéis prefixados facilitam a administração da dívida pública porque permitem ao Tesouro saber exatamente o quanto vai pagar para resgatar os títulos.

O prazo médio da DPF apresentou leve queda, passando de 3,56 anos em maio para 3,53 anos em junho. Para o Tesouro, prazos mais longos são desejáveis porque permitem ao governo renovar a dívida em períodos maiores.
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