Olhar Direto

Quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Notícias | Educação

Professores fazem assembleia para decidir rumo da greve no Paraná

Os professores e funcionários da rede estadual de ensino do Paraná vão se reunir em uma assembleia na manhã desta quarta-feira (4) para decidir o rumo da greve - que chega ao 24º dia. A reunião será no Estádio da Vila Capanema, no bairro Jardim Botânico, e deve começar às 9h30. As principais reivindicações da categoria são os pagamentos de promoções e progressões de carreira que estão atrasados. Quase um milhão de alunos da rede estadual estão sem aulas desde o dia 9 de fevereiro, quando o ano letivo deveria ter iniciado. A mobilização dos servidores reúne cerca de 100 mil pessoas em todo o estado.


Governo e trabalhadores já se reuniram três vezes para traçar um acordo, que, apesar de avanços elencados por ambas as partes, ainda não se concretizaram. Entre as propostas da administração estadual está a não apresentação de qualquer projeto de lei que suprima direitos dos servidores públicos e, em particular, dos educadores.

Desde o início da greve, os educadores ficaram acampados em frente à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) e fizeram vários protestos. Os trabalhadores também são contra itens do pacote de medidas (pacotaço) apresentado pelo governo estadual e que foi retirado da pauta de votações para revisão.

A expectativa do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Paraná (APP-Sindicato), Hermes Leão, é de 20 mil servidores compareçam à assembleia desta quarta.

"Deve ser uma reunião muito participativa e que deve definir pela continuidade da greve já que o governador interrompeu as negociações há uma semana e, além dissom buscou o poder judiciário para tentar acabar com a nossa paralisação".

Em meio às negociações, o governador Beto Richa (PSDB) chegou a reconhecer que "cometeu erros" sobre as medidas apresentadas no pacotaço. "Eu confesso que cometemos alguns erros, alguns equívocos, no direcionamento do encaminhamento dessas propostas à Assembleia Legislativa. Deveríamos ter discutido um pouco melhor com a sociedade".

Em nota divulgada na noite de terça, a administração estadual declarou que a parte que cabe ao Estado está sendo integralmente cumprida. "Foi com surpresa que recebemos no fim da tarde de sexta-feira a informação de que novas reivindicações seriam encaminhadas pelo sindicato dos professores. Trata-se de um claro desrespeito com as famílias e os estudantes paranaenses", diz um trecho do texto.

Liminar da Justiça

No sábado (28), a Justiça concedeu uma liminar e determinou que os professores do terceiro ano do Ensino Médio retomassem as atividades. A decisão estipulou multa diária de R$ 10 mil e foi imposta pelo juiz de plantão do estado, Victor Martin Bapschke. Até esta quarta, os grevistas não tinham acatado a decisão.

No despacho, o juiz justificou que "há risco evidente e irreparável a ausência do conteúdo para os fins do concurso vestibular, provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e recomposição do calendário escolar".

Exceções

Em meio à greve, a Escola Estadual Nossa Senhora de Salete, no Bacacheri, em Curitiba, decidiu retomar as aulas. Na segunda-feira (2), dos 231 estudantes matriculados no período da manhã, cerca de 120 compareceram ao colégio. Entretanto, o número aumentou nesta terça-feira (3), com 144 alunos presentes nas salas de aula. Nesta quarta, por causa da assembleia, não haverá aulas.

No Colégio Estadual Pedro Ernesto Galer, no distrito de Sede Alvorada, em Cascavel, no oeste, as aulas também voltaram na segunda-feira.  O colégio conta com 160 alunos do 6º ao 9º ano e do ensino médio e funciona no mesmo prédio de uma escola municipal. Este, segundo a direção, é um dos motivos para a retomada das aulas, já que o transporte escolar é o mesmo para todos os estudantes, influenciando no calendário escolar.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 
Sitevip Internet