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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Menino que morreu por dengue em SP aguardava transplante de medula

O menino de 10 anos que morreu depois de contrair dengue sofria de um tipo grave de anemia e aguardava um transplante de medula óssea havia quatro anos, como mostrou o SPTV. Edmar Maurício Silva, que morava no Jardim Ângela, na Zona Sul de São Paulo, começou a ter febre e a reclamar de dores no corpo em 25 de fevereiro.


A mãe, Enidi Aparecida Silva, levou o menino ao hospital e os médicos suspeitaram que pudesse ser dengue. Eles fizeram os exames e começaram o tratamento. Edmar ficou internado mas morreu na segunda-feira (9). “Ele tinha a imunidade muito baixa. Foi muito triste. Os médicos fizeram tudo o que podiam para salvar meu filho”, disse a mãe.

Na segunda-feira (16), a Secretaria de Saúde de São Paulo confirmou que essa foi a segunda morte pela doença registrada na cidade neste ano de 2015.

A notícia se espalhou pelo bairro e os moradores estão assustados. “Dá preocupação porque a gente não pensa que vai chegar onde a gente mora”, disse a autônoma Adalgisa Silva.

A primeira morte confirmada foi de uma idosa de 84 anos, moradora da Brasilândia, na Zona Norte, em 28 de janeiro. A Zona Norte região concentra o maior número de casos 976 dos 1833 registrados na capital paulista entre janeiro e fevereiro. O número de registros na capital paulista é três vezes maior que o contabilizado no mesmo período de 2014, quando ocorreu 603 casos. A Zona Sul está em segundo lugar, com 326 casos.

As ações da Prefeitura se concentram na Zona Norte. Nesta terça-feira (17), três agentes da Vigilância Sanitária visitaram ruas do Mandaqui. Eles entraram nas casas e conversaram com os moradores e retiraram objetos que pudessem acumular água da chuva e eliminaram os focos do mosquito.

Crise hídrica
A Secretaria Municipal da Saúde realizou uma pesquisa sobre a densidade de larvas para identificar a situação da presença da larva do mosquito transmissor e criadouros nos domicílios ocupados.

Segundo o secretário-adjunto municipal da Saúde, Paulo Puccini, os dados mostram um aumento significativo em recipientes como caixas d'água e baldes. Para Puccini, a crise hídrica é em corresponsável pela elevação dos números. "Os recipientes de armazenamento de água que não existiam ano passado passaram a existir como criadouros de uma forma muito expressiva, três vezes ao que ocorreu em 2014”, disse.

“A dengue vem se manifestando sobretudo na Zona Norte que é a área mais penalizada pela falta de água", completou. Para ele, o problema não é gerado por conta da falta de cuidado no armazenamento da água. "A culpa é do não adequado tamponamento da caixa d água."
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