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Sábado, 04 de maio de 2024

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Substituto de Fausto De Sanctis libera venda de gado do Opportunity

O juiz federal substituto Márcio Millani, da 6ª Vara Criminal de São Paulo, liberou a comercialização do gado sequestrado nas fazendas da Agropecuária Santa Bárbara, apontada pela Polícia Federal como braço agropecuário do grupo Opportunity, de Daniel Dantas.


Millani está no lugar do juiz Fausto De Sanctis, reponsável por julgar os processos relativos à Operação Satiagraha, da PF, que acusa o banqueiro Daniel Dantas de lavagem de dinheiro e outros crimes.

Uma cópia do documento sobre a decisão do juiz foi enviada pela assessoria de imprensa da Agropecuária Santa Bárbara. A Justiça Federal não confirmou a veracidade do documento e disse apenas que o juiz havia mantido o sequestro do gado, sem informar sobre a liberação da comercialização.

Na decisão, datada de 23 de julho, Millani autoriza a comercialização do gado desde que haja reposição das cabeças de gado e que a empresa apresente constantemente documentos sobre a movimentação.

Na semana passada, De Sanctis determinou o sequestro de pelo menos 27 fazendas do grupo Opportunity listadas pela Polícia Federal com base em investigações realizadas em todo o Brasil.

A investigação sobre crimes financeiros contra o Opportunity descobriu listas de propriedades rurais, mapas de controles de gado e muitos gastos no campo.

A PF aponta pelo menos 27 fazendas de gado: a maioria delas no Pará, duas em Mato Grosso, uma em Minas Gerais e outra no interior de São Paulo.

O responsável pela gestão, segundo a Polícia Federal, é Carlos Bernardo Rodenburg, ex-marido de Verônica Dantas, irmã de Daniel Dantas, e ex-diretor do Opportunity.

A Polícia Federal afirma que o Opportunity já investiu mais de R$ 700 milhões em agropecuária, ficando Daniel Dantas responsável por mais de 20% deste valor: R$ 140 milhões.

De acordo com um documento apreendido pela PF, o grupo Opportunity tinha, no ano passado, rebanho com mais de 450 mil cabeças de gado.

Pelo relatório policial, parte das despesas foi paga sem emissão de nota fiscal. E a compra de bens registrada em nomes de terceiros.

Entrevista


Em entrevista concedida ao jornal “Folha de S. Paulo” e publicada neste sábado (25), Dantas afirmou ter provas de que a Brasil Telecom financiou a Operação Satiagraha, da Polícia Federal e que teria sido procurado pelo PT para cobrir rombos de US$ 50 milhões da campanha eleitoral de 2002.

Segundo o banqueiro, a Brasil Telecom teria subornado parlamentares da base governista para que seu nome aparecesse no relatório final da CPI dos Correios e dado dinheiro para agentes da PF. Na entrevista, Dantas não cita nomes de parlamentares que teriam recebido dinheiro da empresa.

O delegado Protógenes Queiroz, que comandou a Satriagraha, negou irregularidades e lembrou a condenação de Dantas pela Justiça Federal. O juiz Fausto De Sanctis não se manifestou sobre o caso. O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), relator da CPI dos Correios, disse que o indiciamento do banqueiro foi baseado em provas materiais.

O Citibank e o fundo de pensão Previ, que administravam a BrT no período, não comentaram as acusações. A PF também não se manifestou.
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