O DEM virou um sonho de consumo para 2010. Todos os partidos querem os democratas como aliados, pois sabem do peso da sigla para as eleições, no entanto, o partido está cada vez mais voltado para uma aliança com o PSDB e até já possui até um acordo para escolha do candidato a governador: quem estiver melhor nas pesquisas sairá como cabeça de chapa.

O problema é que isso dificulta a candidatura do vice-governador Silval Barbosa (PMDB), que junto com o presidente do partido, deputado Carlos Bezerra, vem tentando costurar um arco de aliança forte para 2010. Mas o peemedebista sabe que sem o apoio do DEM a situação fica mais difícil.

Apesar das últimas declarações do senador Jaime Campos (DEM) sobre a insatisfação com o governo e o PR, Silval ainda aposta que pode ter o apoio dos democratas. “Tenho a certeza de que se mantivermos o arco de aliança sairemos vitoriosos”, afirma o vice-governador.

O PMDB já se reuniu com lideranças de vários partidos, mas até o momento o diálogo com o DEM não ocorreu. O novo presidente do PR, Wellington Fagundes, já avisou que irá procurar o senador Jaime Campos para conversa e irá ouvi-lo. Mas também deixou clara sua preferência por Silval Barbosa.

Só que o nome de Silval não é unanime dentro do PR, existe uma ala que ainda não se convenceu que o vice-governador tem peso para disputar a eleição para o governo em 2010.

O deputado federal Homero Pereira (PR) acabou ficando numa saia justa após participar de um evento junto do senador Jaime, agora tenta remediar e diz que assim como o Silval é um bom nome para o PMDB e o José Riva para o PP, o democrata é a maior liderança do DEM. “O que o arco escolher eu vou apoiar, porque a minha preferência é a gente ganhar as eleições”, declarou.

Enquanto isso, fica cada vez mais difícil a coligação Mato Grosso Mais Forte, responsável por eleger o governador Blairo Maggi em 2006, ser reeditada e muitos outros nomes devem surgir.