Mais uma vez, o sul-africano estava no meio do caminho. A exemplo do que tinha acontecido nas semifinais, Felipe França não conseguiu superar Cameron Van Der Burgh, que levou o ouro e bateu novamente o recorde mundial nos 50m peito, com 26s67. Ainda assim, a prata do brasileiro, com 26s76, quebra um jejum de 15 anos sem medalhas na natação em Mundiais.

- Foi difícil chegar à prata, mas foi muito bom, agradeço a Deus. Fui o primeiro a ganhar medalha depois de 15 anos, fico muito honrado e agradeço a todos que me ajudaram a chegar até aqui. Estou muito satisfeito com a prata, mas ainda quero o ouro – afirmou Felipe, que mais uma vez usou a touca de César Cielo.

Logo após a entrevista, Felipe recebeu um abraço emocionado de Ari Soares, técnico de nado peito da seleção brasileira, que chorava copiosamente.

- Essa medalha não foi feita da noite para o dia, e sim desde 2004. O nado de peito era o calcanhar de Aquiles, mas só não batemos na frente hoje porque o Cameron é um grande nadador, um pouco mais experiente que o Felipe - afirmou Ari.

O bronze ficou com Mark Gangloff, dos Estados Unidos, com 26s86. O brasileiro João Júnior terminou em oitavo lugar, com o tempo de 27s31.

- Eu marquei bobeira e perdi. A todo mundo que confiou no meu trabalho, peço desculpas, mas é assim: você marca bobeira e está fora – explicou João.