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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Tesoureiro da Conmebol é acusado de desviar dinheiro em amistoso do Brasil

Em meio a uma crise de corrupção nas altas esferas do futebol, o presidente da Federação Boliviana de Futebol (FBF) e tesoureiro da Conmebol, Carlos Chávez, corre o risco de ser condenado à prisão. Ele é suspeito de ter desviado dinheiro da venda de ingressos de um amistoso entre Brasil e Bolívia, em abril de 2013, que supostamente deveria servir para ajudar a família de Kevin Espada, torcedor que morreu ao ser atingido por um rojão durante a partida entre Corinthians e San José, em Oruro, na edição daquele ano pela Taça Libertadores da América.



No início da semana, o procurador-geral da Bolívia, Ramiro Guerrero, disse que o juiz Roberto Valdivieso determinou a prisão preventiva do presidente da Federação Boliviana de Futebol - o secretário-executivo da FBF, Alberto Lozada, também foi condenado a prisão domiciliar. Só que o cartola se defendeu, em entrevista ao jornal local “La Razon”, dizendo que são acusações “sem pé nem cabeça” e negou a intenção de destinar parte da renda do amistoso à família do garoto.


- Quatro meses antes do lamentável acontecimento da morte do menino Kevin, anunciamos o amistoso. O acordo entre a Federação de Futebol da Bolívia e a Confederação Brasileira de Futebol foi claramente estipulado segundo os acordos de partidas internacionais. Se houvesse sido em benefício à família Beltran, estaria nos documentos da época e entregaríamos o dinheiro para a família, mas não foi assim - se explicou Carlos Chávez. 

Na época do amistoso, foi noticiado que a Federação Boliviana de Futebol (FBF) doaria à família US$ 21,5 mil (R$ 70 mil nos valores atuais ou R$ 43 mil da época), o que corresponde a menos de 5% da arrecadação total de US$ 550 mil (R$ 1,8 milhão atuais ou R$ 1 milhão da época. Segundo Carlos Chávez, era essa a intenção inicial, mas não foi possível.


- Tentamos aprovar no Comitê Executivo para poder entregar parte das receitas à família Beltran, mas ela não aceitou. O que sabemos é que o Corinthians chegou a um acordo quanto à parte econômica, o que me pareceu muito bom – completou o dirigente.


Segundo a agência "Efe", o promotor Ivan Montellano disse que existem cheques emitidos para Lozada e seu filho, “sem nenhuma justificativa”. Além disso, acrescentou o dinheiro do amistoso serviu para pagar funcionários da FBF e revelou.


- Na realidade, o Brasil jogou de graça para ajudar a família de Kevin. No entanto, Carlos Chávez e outros dirigentes abusaram dessa boa vontade e das pessoas que pagaram seus ingressos. 
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