Advogados de Cáceres estão em conflitos. Um grupo relacionado às advogadas presas durante Operação Volver, acusadas de associação ao tráfico de drogas, quer a remoção do juiz Alex Nunes Figueiredo. No entanto, um outro grupo encabeçado por Clóvis Martins Soares defende a permanência do magistrado.
Nesse meio está a Ordem dos Advogados do Brasil – seccional de Mato Grosso – que entrou com pedido de remoção, mas acabou revoltando parte da classe. Nesta terça-feira, um documento de repúdio ao presidente da OAB, Francisco Faiad, foi elaborado.
Para tentar amenizar a situação, Faiad marcou uma reunião para as 16 de sexta-feira com todos os advogados. Cerca de 200, segundo ele. Caso a maioria decida pela permanência do magistrado, o presidente da Ordem adiantou que deverá pedir o arquivamento.
“Este grupo que defende a permanência do juiz me procurou e falou que faria um movimento em defesa do magistrado. Eu marquei uma reunião em Cáceres para sexta-feira às 16h e chamei advogados dos dois grupos e já avisei que o que a maioria dos advogados decidirem será acatada. E se for a vontade da maioria a permanência do juiz enviarei um ofício pedindo o arquivamento. (...) Eu não vou mais interferir”, explicou em entrevista ao
Olhar Direto.
Faiad explica que o conflito entre advogados e o juiz já deixou de ser jurídica e se tornou pessoal. Para ele, a OAB tem o papel de defender os interesses do advogado e não pode ficar omissa, principalmente por ser um problema pessoal.
O presidente da OAB destacou que o juiz Alex Figueiredo é um excelente magistrado. “Tem um conhecimento técnico brilhante e isso nós reconhecemos. O problema são os conflitos que estão sendo criados. O que não podemos deixar é que esses conflitos causem prejuízo à sociedade e advocacia”, justificou.
Quanto às advogadas presas, Kattleen Káritas Oliveira Barbosa e Lucy Rosa da Silva, Faiad informou que enviou o inquérito contra ambas para o Tribunal de Ética e já foi aberto um procedimento administrativo para investigá-las.
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