Após quatro dias internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Militar de Budapeste, Felipe Massa foi transferido ontem para um quarto comum, na ala neurológica.
"Fizemos uma ressonância magnética, e as condições de seu cérebro estão cada vez melhores. Não há nada para se preocupar", disse Dino Altmann, médico particular do piloto brasileiro, que o acompanha desde o último domingo.
Depois de Altmann contar ao ferrarista que seu companheiro de equipe, Kimi Raikkonen, havia terminado o GP da Hungria na segunda posição --a melhor da escuderia nesta temporada--, Massa mostrou-se bastante surpreso e perguntou então quem havia vencido o GP.
"Não acredito", disse o piloto, ao ouvir o nome de Lewis Hamilton, que ainda não tinha ido ao pódio em 2009. "Essa era uma corrida pra mim", respondeu ele para o médico.
O piloto ainda quis saber em que posição terminou o Q2, trecho da classificação em que sofreu o acidente. Altmann, que não via a sessão porque estava trabalhando, disse que ele havia sido décimo.
"Ele me disse: 'Não, fui oitavo'. Aí respondi que deveria ser porque ele havia dado apenas uma volta. E ele na hora me corrigiu. 'Não, dei duas voltas'", relatou o médico.
Já sem o curativo na testa, Massa também começou ontem a se alimentar com comidas, e não mais apenas pela veia. O piloto já não usa mais nenhuma sonda, e os exames revelaram que o edema cerebral já está diminuindo.
Com a evolução no quadro de Massa, a família adiou a definição sobre o que fazer nos próximos dias. Uma transferência para um hospital em Paris, a ida para sua casa em Mônaco ou ao Brasil ainda estão em aberto.