O ingresso do governador José Pedro Taques (sem partido) no PSDB, em festa programada para o próximo dia 29, deve arrastar dezenas de prefeitos e centenas de vereadores, além de pelo menos três deputados estaduais, conforme apurou a reportagem do
Olhar Direto. No próprio ninho tucano, a expectativa é de que a avalanche de líderes buscando filiação seja maior até mesmo que a vivida em 1997-98, com a entrada do então governador Dante Martins de Oliveira, curiosamente também egresso do PDT, após rompimento traumático com Leonel Brizola, à época presidente da Executiva Nacional.
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Todavia, para não quantificar o volume de novos aliados no ninho tucano, Pedro Taques recorreu a um verbete cunhado pelo
cuiabanês (linguajar popular da Baixada Cuiabana) para expressar grandes quantidades como forma de definir sua expectativa quanto à chegada de correligionários: “vou ter ao meu lado gente
aúfa comigo... Espero!”, declarou ele, em entrevista coletiva no Salão Garcia Neto do Palácio Paiaguás.
Pedro Taques revelou que, após o anúncio de sua filiação feito pelo senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, na tribuna do Senado, recebeu ligações de mais de 10 prefeitos se colocando à disposição para segui-lo. “Espero ter a confiança de vários prefeitos e vereadores... deputados estaduais... Recebi mais de 10 ligações de prefeitos”, assegurou ele, ao enaltecer a contribuição do PSDB para Mato Grosso e para o Brasil, nos últimos anos, principalmente por conta da orientação em favor do ‘estado mínimo’, com fomento às concessões e parcerias público-privadas (PPPs).
O governador ainda não sabe se, no seio do seu primeiro escalão, alguns irão migrar para o PSDB. “Nenhum dos secretários se manifestou para filiar. Mas há tempo”, brincou Taques. No
staff, apenas o secretário Permínio Pinto Filho, de Educação, é filiado ao PSDB.
O governador enalteceu as qualidades do prefeito Mauro Mendes (PSB), de Cuiabá, responsável pelo convite da agremiação socialista que o fez “balançar por semanas”, mas optou pelo PSDB por influência dos amigos. Ele lembrou que a estarão juntos em 2016 e 2018, independente de sigla partidária.
Um passo de cada vez
Pedro Taques não quis avaliar a possibilidade de brigar por espaço, no PSDB, por um projeto nacional, como eventual disputa pela Vice-Presidência da República, em 2018. Ele afirmou que, primeiro, deseja cumprir o “dever de casa” e fazer um bom mandato, honrando os compromissos com a população mato-grossense.
“Eu sei o meu tamanho. Mato Grosso é um estado importante, mas para que eu possa partir para projetos outros preciso performar aqui, cumprir meus compromissos com os cidadãos. Preciso terminar meus projetos e não estou pensando nisso”, afiançou ele.