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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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Platini não é mais o favorito entre apostadores para suceder Blatter na Fifa

(Reuters) - O dirigente máximo do futebol europeu Michel Platini não é mais o favorito entre apostadores para suceder Sepp Blatter no comando da Fifa, isso depois que promotores suíços afirmaram estar investigando Blatter a respeito de um pagamento feito a Platini.

    Platini, ex-meio-campista da seleção da França e presidente desde 2007 da Uefa, órgão que gerencia o futebol na Europa, vinha sendo o mais cotado nas apostas para suceder Blatter na eleição que nomeará o novo presidente da entidade daqui a cinco meses.

    No entanto, a casa de apostas inglesa William Hill afirmou que as probabilidades de Platini vencer o pleito caíram de 1/3 para 11/10. Agora, em vez de ter três vezes a probabilidade de se tornar o presidente da Fifa, ele está mais cotado para não vencer a eleição.

    "Ele não é mais o favorito", disse o porta-voz da William Hill Joe Crilly.

    Platini conta com o apoio maciço de uma série de associações nacionais de futebol, especialmente na Europa. No entanto, se ele passar a ser alvo da investigação do comitê de ética da Fifa, poderá ser suspenso e impedido de concorrer.

A Fifa se viu em mais um grave problema nesta sexta-feira, com o escritório da procuradoria-geral da Suíça (OAG) abrindo procedimento criminal contra Blatter, que prestou depoimento na sede da Fifa, sob suspeita de má gestão criminosa.

A OAG afirmou que Blatter, à frente da Fifa desde 1998, é suspeito de executar um "pagamento desleal" de 2 milhões de francos suíços (ou 2,04 milhões de dólares) a Platini em 2011.

Platini também teve de depor como testemunha. A Uefa afirmou que trata-se de um pagamento que Platini recebeu por serviços prestados a Fifa e discriminados em contrato, entre 1999 e 2001.

Diversos veículos de imprensa especularam que a Fifa poderia lançar uma investigação específica sobre Platini, Blatter ou ambos, possivelmente levando a uma suspensão provisória que coincidiria com a eleição para o novo presidente da entidade máxima do futebol mundial.



 

Um porta-voz do investigador-chefe do comitê de ética da Fifa Cornel Borbely não comentou se um dos dois dirigentes iria se tornar alvo da investigação, mas afirmou que o comitê tem a prerrogativa de investigar qualquer um no futebol mundial independentemente do cargo.

"Se há uma suspeita inicial, a Câmara Investigativa do Comitê de Ética inicia os procedimentos formais. Essas regras se aplicam a todas as pessoas no futebol independentemente de seu cargo ou nome."

Pessoas que são alvos de investigação podem ou não ser suspensas, dependendo das circunstâncias. Qualquer pedido por uma suspensão provisória deve ser aprovado por Hans-Joachim Eckert, um juiz de Munique que é responsável por decidir as sanções em casos onde o código de ética da Fifa é violado.

Os candidatos devem formalizar suas intenções de concorrer à presidência da Fifa até o dia 26 de outubro, quatro meses antes da eleição. Suspensões provisórias duram 90 dias e são renováveis por mais 45, tempo suficiente para fazer Platini, por exemplo, perder o prazo.

Caso o francês se candidate, ele deverá passar por um teste de integridade conduzido pelo comitê de Borbely.

    Quando sete dirigentes e executivos de marketing esportivo foram presos em Zurique em maio, após serem indiciados por corrupção pelos Estados Unidos, eles foram suspensos de forma preventiva pelo comitê de ética no mesmo dia.

    No entanto, como Blatter não foi detido e nem acusado formalmente e Platini apenas depôs como testemunha, os casos não parecem ainda muito claros para o comitê de ética.

 (Por Simons Evans em Miami, Brian Homewood em Berna e Peter Graff em Londres)

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