A Prefeitura de Várzea Grande pretende selecionar Organizações Sociais de Saúde (OSS) para fazer a gestão de três Unidades de Pronto Atendimento (UPA) no município. Além da UPA do Ipase, que deve ser inaugurada em janeiro de 2016, as unidades dos bairros Jardim Glória e Cristo Rei devem ser transformadas em UPAs também e a gestão deve ser passada para as OSS.

A previsão é fazer essas mudanças até junho do próximo ano, de acordo com o vice-prefeito, Arilson Arruda (PRB). A ideia dele e da prefeita Lucimar Campos (DEM) é obter também suporte do Governo do Estado para isso.

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“As unidades dos bairros Jardim Gloria e Cristo Rei vão ser transformadas em UPAs tipo I e, assim como a UPA do Ipase, vão ser gerenciadas por OSS. Teremos também uma parceria com o governo estadual. Tivemos uma reunião com o novo secretário de Estado de Saúde, Eduardo Bermudez, e explicamos como a UPA vai funcionar e a nossa necessidade que o Hospital Metropolitano dê a retaguarda. Já tínhamos conversado com o ex-secretário Marco Bertulio sobre isso”, disse Arilson ao Olhar Direto.

De acordo com o vice-prefeito, não há como trabalhar a saúde no município sem esse suporte do Estado. “Para que tudo isso funcione e tenha resultado, precisa do apoio do Governo do Estado e também que o Hospital Metropolitano sofra alteração, com aumento de leitos. Que ele deixe de ser um hospital apenas para cirurgias bariátricas e ortopédicas e abra também para cirurgias gerais, talvez uma maternidade. Senão a UPA vai estar sufocada, não vai ter para onde direcionar esses pacientes”, afirmou.

A autorização para que o município terceirize a gestão das unidades de saúde foi aprovada na semana passada (21), em sessão que teve manifestantes e resultou em tumulto e vidros quebrados na Câmara Municipal, além de 18 pessoas detidas. Segundo Arilson, quando as OSS estiverem atuando, a população de Várzea Grande vai concordar que foi a melhor opção para gerir a saúde.

“O sistema do posto de saúde tem que ter outra visão. Dessa forma que é administrada tem dificuldade para adquirir medicamentos e materiais e acaba faltando tudo. Com a OSS essa aquisição é mais rápida. A população vai ver que é o melhor para Várzea Grande. E se os poderes Executivo e Legislativo estiverem fiscalizando, vendo os contratos de gestão feitos com as OSS, com certeza, em um curto período de tempo, a população vai ver que foi a melhor escolha que a prefeita Lucimar fez para gerir a saúde publica", afirmou.