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Sábado, 27 de julho de 2024

Notícias | Ciência & Saúde

Alguns pássaros se dão bem mesmo em ambientes barulhentos

Clinton Francis, estudante de doutorado da Universidade do Colorado, estuda os efeitos de ruídos humanos sobre comunidades de pássaros na vida selvagem. Ele avaliou as florestas de pinheiros no noroeste do Novo México, onde há muitos poços de gás natural. Alguns dos poços têm enormes compressores que funcionam constantemente e soam como motores a jato. “Eles são, definitivamente, barulhentos o bastante para que você necessite de proteção auricular se quiser passar alguns minutos ali”, diz Francis.


Ao contrário de alguns estudos anteriores sobre os efeitos de ruídos, Francis, com Alexander Cruz, também da Universidade do Colorado, e Catherine Ortega, do Fort Lewis College, não descobriram diferenças na densidade de pássaros em lugares barulhentos e locais silenciosos. As descobertas foram relatadas na “Current Biology”.

Os pesquisadores também estudaram o sucesso reprodutivo – contabilizando ovos e filhotes por ninho. Francis esperava um sucesso reprodutivo menor para os pássaros de locais barulhentos – eles não seriam capazes de ouvir os sons de predadores se aproximando.

Mas o estudo descobriu que os locais ruidosos eram, na verdade, mais produtivos, provavelmente porque o principal predador de aves da região, uma ave conhecida nos EUA como corvo-anão-do-oeste, aparentemente não gosta de barulho. Uma quantidade muito pequena dos corvos foi encontrada nos lugares mais barulhentos. Feitas as contas, o barulho mantinha distantes algumas espécies: os locais silenciosos tinham ninhos de 32 tipos de pássaros, enquanto 21 foram encontradas em locais com compressores.
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