Os Jogos Olímpicos de Inverno de 1968, realizados na cidade de Grenoble, na França, ficaram marcados pela criação do primeiro mascote do evento. O personagem “Schuss”, um esquiador de cabeça vermelha e uniforme azul, fez sucesso no evento, apesar de o Comitê Olímpico Internacional (COI) não tê-lo oficializado como símbolo daquela edição.

A partir dali, iniciou-se uma nova tradição nas Olimpíadas, pois se vislumbrou a possibilidade dos mascotes serem embaixadores do evento, ajudando a promover a cultura do país-sede e a mobilizar o público infantil. Isso sem falar no apelo comercial. O simpático cachorrinho Waldi, primeiro mascote oficial dos Jogos Olímpicos de Verão, foi um sucesso em Munique 1972: o comitê organizador fechou mais de cinquenta contratos de licenciamento e comercializou mais de dois milhões de objetos com a temática.

A popularidade de Waldi fez com que o COI tornasse obrigatória a criação de um novo personagem a cada quatro anos. Portanto, o Rio 2016 será a 12ª edição consecutiva dos Jogos que contará com um mascote. Porém, Vinicius, nome em homenagem ao poeta Vinicius de Moraes, será o 19º mascote da história das Olimpíadas. Isso porque os comitês organizadores de Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008, visando aumentar seu faturamento, criaram mais de um personagem. 

Vinicius não chega a ser um animal específico, mas a mistura de várias famílias e espécies: tem a agilidade dos felinos, o gingado dos macacos e a leveza dos pássaros. Segundo seus criadores, sua elasticidade é tamanha que o mascote dos Jogos Olímpicos Rio 2016 pode estar em vários lugares ao mesmo tempo: com a cabeça no Pão de Açúcar, os pés no Maracanã e as mãos no Corcovado.