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Quarta-feira, 17 de julho de 2024

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12 em gestação

Servidores e empresas são alvo de nova operação preparada para final de 2015

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Ao centro, oordenador do Cira e secretário-executivo de Segurança Pública, Fábio Galindo

Ao centro, oordenador do Cira e secretário-executivo de Segurança Pública, Fábio Galindo

O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira) está “gestando” 12 investigações sobre atos de corrupção de grande vulto, que devem resultar em operações da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz). Uma dessas operações deve ser deflagrada ainda este ano, conforme previsão do coordenador do Cira e secretário-executivo de Segurança Pública, Fábio Galindo. As outras, devem ficar para 2016.


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“Hoje o Cira está gestando 12 investigações de grande vulto. Eu acredito que uma dessas operações ainda saia este ano. Há servidores públicos envolvidos, pessoas físicas de dentro e de fora do estado e, sobretudo, pessoas jurídicas que sobrevivem da corrupção", afirmou o secretário, sem dar detalhes sobre as pastas ou os cargos ocupados pelos alvos.

Galindo observou que há empresas que sobrevivem de corrupção, o que seria uma forma de profissionalização do ato. "Para se beneficiar do Estado, a pessoa jurídica faz corrupção de milhões. E aí tem que fazer toda a lavagem do patrimônio, colocar no nome de laranja. É uma corrupção profissionalizada, e só se profissionaliza quando cria pessoa jurídica. E o ano que vem será o ano de maiores operações”, afirmou o secretário.

Gestação

O secretário explicou que o Cira, este ano, trabalhou majoritariamente com a gestação das grandes operações que devem ser deflagradas em 2016. Ao longo de 2015, apenas uma operação teve origem no Cira – a Operação Sodoma, que investigou fraudes nos incentivos fiscais e prendeu o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e os ex-secretários Marcel de Cursi e Pedro Nadaf. O comitê teve participação ainda em outras duas operações da Defaz, a Karcharias e a BB Pag.

“O Cira nesse primeiro ano trabalha com a gestação de grandes operações, e temos hoje mais de 10 operações na fase interna, em andamento, que o grande público e a imprensa não vêem. Depois que elas ganham corpo é que elas vão para a fase externa, que é busca e apreensão e prisão”, informou.

Na fase de gestação, toda a estrutura de inteligência à disposição do Cira é utilizada para detectar os casos de corrupção e subsidiar as investigações.  “O Cira é uma metralhadora e a informação de inteligência e a informação patrimonial é a munição. É obvio que se começa de forma interna por conta da complexidade das informações. Sempre pressupõe quebra de sigilo bancário, fiscal, telefônico, informação patrimonial, relatório de Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). E isso você não faz da noite para o dia”, observou.
 
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