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Sábado, 27 de julho de 2024

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Pesquisadores de Yale desenvolvem método para medir placenta

Muitas mortes de fetos ocorrem porque a placenta da mãe é muito pequena. Para evitá-las, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Yale desenvolveram um método que mede o volume do órgão, responsável pelo fornecimento de oxigênio e alimento para o feto. Até hoje não era possível realizar essa medição do “tanque de combustível” fetal adequadamente. Só nos Estados Unidos, cerca de 30 mil mulheres sofrem de interrupção da gravidez por esse motivo a cada ano.


Quando Harvey Kliman, especialista do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Ciências Reprodutivas, questionava seus colegas perinatologistas por que não avaliavam a placenta quando realizavam ultrassom de rotina, a resposta era sempre a mesma: trata-se de uma estrutura curva, muito difícil de mensurar. Se fosse preciso medi-la, acrescentavam, seria necessário um maquinário muito caro, sem falar em treinamento especializado e mais tempo para avaliação.

Precisão do método supera 89%

Com a ajuda de seu pai, Merwin Kliman, matemático e engenheiro, o cientista desenvolveu uma equação que considera comprimento máximo, peso e espessura da placenta. Kliman e sua equipe em Yale validaram o método comparando o dado previsto pela equação de Volume Estimado da Placenta (EPV, na sigla em inglês) antes do parto com as dimensões reais da placenta no momento do parto.

“No estudo, demonstramos que a equação pôde prever a dimensão placentária real com uma precisão superior a 89%”, afirmou Kliman. O método funciona melhor durante o segundo e o início do terceiro trimestre de gestação, acrescentou. O grupo de pesquisa de Yale está agora coletando informações de centros médicos ao redor do mundo para estabelecer padrões que os médicos poderão empregar a fim de determinar se a placenta é normal, muito pequena ou grande demais. “Minha esperança é que o EPV se torne rotina”, disse Kliman.

Os resultados da pesquisa foram publicados na edição desta segunda-feira (3) do “American Journal of Perinatology”.
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