O ex-secretário de Estado Marcel de Cursi entrou na última semana com um pedido na Sétima Vara Criminal, onde corre processo em que é réu, solicitando o impedimento da imprensa de fotografá-lo durante as audiências com a juiza Selma Arruda. Ela atendeu parcialmente o pedido. Desse modo, durante a audiência de hoje, Olhar Direto e os demais veículos não poderão fazer imagens de Cursi. “Portanto, defiro a preservação da imagem deste réu, no momento da audiência, facultando à imprensa que permaneça na sala em que se realizará o ato, gravando e ou captando por qualquer forma as ocorrências respectivas, sem, contudo, produzir imagens”, delibera a juíza, segundo consta nos autos do processo. Há poucos minutos a defesa de Silval pediu extensão da proibição de imagens à todos os réus. A juíza deferiu. O perigo é este, abertura de precedência para novos pedidos ou que isso se torne um “vício jurídico”; ação recorrente. Logo faltarão ilustrações para representá-los quando for necessário noticiar aquilo que é notícia: o andamento de um dos maiores escândalos recentes da política local, que levou um ex-governador para a cadeia. Chamem como quiser, mas no jornalismo isso recebe o nome de censura.
