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Sexta-feira, 19 de julho de 2024

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Conflito rural

Com troca de tiros, acampamento é incendiado por homens armados e famílias sem terra são expulsas

Foto: Reprodução / Nortão Notícias

Com troca de tiros, acampamento é incendiado por homens armados e famílias sem terra são expulsas
Armados e encapuzados, um bando de homens invadiu um acampamento de integrantes do Movimento dos Sem Terra (MST) e atearam fogo nas casas, carros e motos, ameaçando trabalhadores rurais no domingo, 21. Eles buscam acessar um espaço pertencente à União – Fazenda Araúna –  no município de Novo Mundo (747 km de Cuiabá), e foram expulsos depois que da ação dos criminosos, que também jogaram gasolina em um barraco com duas crianças dentro.


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De acordo com a Comissão Pastoral da Terra (CPT), cinco trabalhadores ficaram desaparecidos durante todo o dia, escondidos na mata e um deles teria assassinado. A informação, no entanto, não foi confirmada pela Polícia Civil de Guarantã do Norte (728 km de Cuiabá), responsável pelo município. Segundo a Polícia houve uma intensa troca de tiros a fim de pressionar e expulsar os invasores da região, mas ninguém foi seqüestrado ou morreu.

A Comissão alega ainda que a fazenda seria grilada pelo fazendeiro Marcelo Bassan e que a ação já havida sido anunciada no sábado, 20, quando, jagunços encontraram uma das trabalhadoras e a ameaçaram, dizendo que o grupo deveria deixar a terra ou eles iriam expulsar as famílias à força.

A violência, segundo a entidade se perpetua há mais de oito anos no local e é praticada também pelo Estado e pelo Judiciário Estadual e Federal, que se omitem à maioria dos casos.  No início de 2015, as 100 famílias que estavam ocupando as terras, e que viviam de suas plantações, foram despejadas por liminar emitida pela Juíza da Vara Agrária Adriana Sant'Anna Coningham. O espaço ocupado por eles corresponde a 2 hectares, enquanto que, segundo a CPT, a de Marcelo é de 14 hectares. 

"Na época a CPT MT denunciou a atuação imparcial desta juíza, bem como que “o Juiz federal de Sinop, Sr. Murilo Mendes, responsável por julgar as ações em que a União figura como parte, contrariou todas as expectativas de diminuição da violência e implementação da justiça ao se demonstrar extremamente moroso em emitir uma decisão”.
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