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Domingo, 28 de julho de 2024

Notícias | Economia

Bélgica e Reino Unido socorrem bancos para enfrentar crise global

Os governos da Bélgica e do Reino Unido socorreram neste sábado os maiores bancos de seus países, em mais um episódio da crise financeira global. Enquanto o governo britânico elevou sua participação no Lloyds Banking Group, garantindo bilhões de dólares em ativos podres (com alto risco de calote), o Estado belga conseguiu chegar a um acordo para a venda do Fortis ao grupo francês BNP Paribas.


Tanto o Fortis quanto o LBG fazem parte do grupo de instituições financeiras varridas pela crise dos créditos "subprime", que abala a economia global desde, pelo menos, o final de 2007. O Fortis, um grupo bancário e de seguros de capital belgo-holandês, já recebeu uma ajuda de US$ 16,4 bilhões dos governos da Holanda, Bélgica e Luxemburgo para continuar em operação.

O Lloyds Banking Group é o terceiro maior banco do Reino Unido, resultante da fusão dos bancos HBOS e Lloyds TSB. Para ajudar a instituição financeira, o governo vai garantir 260 bilhões de libras (cerca de US$ 366 bilhões) em ativos podres.

Em contrapartida, a participação oficial vai aumentar de 43% para 65% no capital do LBG, --77%, se forem contadas as ações preferenciais (sem direito a voto). De outro lado, o LBG se comprometeu em aumentar em 28 bilhões de libras (US$ 39,496 bilhões) os créditos a pessoas físicas e jurídicas nos próximos dois anos.

Os chamado papéis tóxicos ou podres dos bancos são considerados responsáveis pela paralisia persistente do crédito. Tratam-se de créditos problemáticos emitidos no passado a maus pagadores ou em circunstâncias com poucas exigências, cujo pagamento, hoje em dia, são difíceis de ocorrer.

Fortis e BNP

Na Bélgica, o governo anunciou que chegou a um acordo, na madrugada deste sábado, para a entrada do BNP Paribas no grupo belgo-holandês de serviços financeiros Fortis, pesadamente afetado pela crise financeira global.

"O acordo é benéfico para os poupadores, os acionistas, os trabalhadores e o Estado", afirmou o primeiro-ministro belga, Herman Vam Rompuy.

O Estado e as instituições financeiras chegaram um acordo após uma maratona de negociações que durou praticamente um mês e que enfrentava a oposição dos acionistas do Fortis.

Pelo novo acordo, o BNP Paris vai adquirir 75% do capital do Fortis, por um valor equivalente a US$ 3,65 bilhões, enquanto os 25% restantes devem ficar com o Estado belga, que deve arcar com um montante aproximado de US$ 1,75 bilhão. O contrato ainda precisa ser aprovado pelos acionistas do grupo belga-holandês, em assembleia prevista para o início de abril.
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