Na mesma semana em que o PMDB decidiu, por aclamação, desembarcar do governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o mato-grossense Rodrigo Rodrigues (PMDB) foi promovido dentro do Ministério da Saúde. De diretor de Gestão da Saúde Indígena, ele passou a ser Secretário Especial de Saúde Indígena, e agora comanda um orçamento de cerca de R$ 2 bilhões. O valor é próximo ao da Prefeitura de Cuiabá, que para 2016 tem um orçamento aprovado de R$ 2,1 bilhões.

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Rodrigo Rodrigues assume a pasta no lugar de Antonio Alves de Souza. A nomeação dele no novo cargo foi publicada no Diário Oficial da União da última quinta-feira (31). Ele passou quatro meses como diretor, um cargo DAS 101.5 com salário de R$ 11,2 mil, e agora passou para DAS 101.6, com vencimentos de R$ 13,9 mil.

À reportagem do Olhar Direto, Rodrigues informou que não vai entregar seu cargo, contrariando a decisão partidária. Como a sigla está rachada entre os que desejam permanecer na base aliada e os que desejam romper com Dilma, Rodrigues se posicionou ao lado dos governistas, bem como os deputados federais que o indicaram ao cargo: Carlos Bezerra, Valtenir Pereira, e Leonardo Picciani (RJ), ex-líder do PMDB na Câmara.

“Mato Grosso ficou contra o rompimento, e as pessoas que me indicaram também. Fico no Ministério por lealdade a eles, e também para continuar desenvolvendo o bom trabalho que eu vinha fazendo. Minha indicação à Secretaria Especial já tem mais de um mês, foi antes da decisão do PMDB entregar os cargos. E foi por mérito, porque meu trabalho na Diretoria de Gestão foi aprovado, e os indígenas estão satisfeitos”, afirmou Rodrigues.

O secretário destacou que, à frente da pasta, poderá colaborar muito com Mato Grosso, apesar de o trabalho ser de abrangência nacional. “Nosso Estado possui uma grande população indígena, em torno de 100 mil pessoas. Sem dúvida, o trabalho na Secretaria Especial terá relevância em Mato Grosso”, disse.