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Sábado, 18 de maio de 2024

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Virgílio diz que denúncia do PMDB é represália às ações contra Sarney

O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), ocupou nesta quinta-feira o plenário da Casa para reagir à decisão do PMDB de ingressar com representação contra ele no Conselho de Ética. Com o senador José Sarney (PMDB-AP) sentado na cadeira de presidente, Virgílio disse que a representação é uma "represália" às denúncias encaminhadas por ele ao conselho contra o peemdebista.


Virgílio disse estar disposto a abrir mão do mandato se a Casa considerar que o peemedebista tem melhores condições de permanecer no cargo do que ele --sem reagir no conselho. "Se disserem que meu mandato não cabe, mas cabe de Vossa Excelência, eu não faria a menor questão de permanecer nesta Casa sob qualquer condição", afirmou.

O tucano prometeu responder, no conselho, a todos os questionamentos apresentados pelo PMDB na representação. Virgílio disse, porém, que acredita na decisão do colegiado de inocentá-lo das acusações. "Confio muito no plenário da comissão de Ética da Casa. Nem tudo ali, para mim, é tropa de choque. Confio muito, talvez mais ainda, no plenário conjunto da Casa", disse.

O senador prometeu se portar com "equilíbrio e altivez" ao longo da tramitação do processo no Conselho de Ética. Dirigindo-se a Sarney, Virgílio pediu novamente que Sarney se afaste do cargo para que o Senado retome suas atividades normalmente.

"Não agi em nenhum momento em represália a Vossa Excelência. Cada dia mais da sua permanência no comando da Casa, significa um dia a mais nessa crise. Vossa Excelência não tem ficado em silêncio, fez vários discursos. Depois de cada um vem nota, errata do que não ficou explicada", disse o tucano a Sarney.

O senador afirmou que recebe a representação do PMDB contra ele como um "galhardo", e prometeu enfrentá-la. "A enfrentarei com as armas da minha convicção, da minha palavra, da minha vida, do meu mandato, confiando sobretudo no Senado Federal."

Representação

O PMDB encaminhou ontem a representação contra Virgílio ao Conselho de Ética. O partido denunciou o tucano por ter mantido por 18 meses o pagamento de um servidor de seu gabinete que estava estudando na Espanha.

A iniciativa é uma resposta do líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), à movimentação de Virgílio, que pressionou o PSDB a transformar suas denúncias contra o presidente do Senado, em representações, aumentando para 11 as acusações contra o peemedebista.

Virgílio afirmou, anteriormente, que não estava surpreso com a iniciativa do PMDB e prometeu devolver mais de R$ 210 mil aos cofres da Casa como ressarcimento às despesas desse assessor que continuou recebendo vencimentos mesmo estando na Europa.

O senador depositou R$ 60.696,58 na semana passada e ainda vai pagar três parcelas de R$ 50 mil. O valor total a ser pago, segundo a diretora de Recursos Humanos, Doris Peixoto, é de R$ 210.696,58.

Virgílio vendeu um terreno de sua mulher para pagar a primeira parcela e, segundo ele, o dinheiro deve garantir o pagamento de outras duas parcelas. O ressarcimento da última parte deve ser feito com o ganho na venda de um carro.
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