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Domingo, 28 de julho de 2024

Notícias | Economia

Questão do crédito será preocupação do G-20, afirma Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou hoje que o sistema de crédito será uma das preocupações da reunião de abril do Grupo dos 20 (G-20). "Teremos que decidir como restabelecer o crédito no mundo", disse.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou, por sua vez, que "falta crédito na economia brasileira", principalmente a empresas de pequeno porte." Ele voltou a reclamar de que é preciso baixar o custo financeiro, "extremamente elevado no país" para a economia voltar a rodar.

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, disse que "o normal seria uma baixa continuada de spreads" bancários no país, recomendando novamente que os bancos públicos liderem esse processo. Em tom de brincadeira, citou que um executivo do Bradesco teria feito "um compromisso público" de retomada de crédito.

Lula, Mantega e Meirelles fizeram discursos hoje na abertura do Seminário Internacional sobre o Desenvolvimento, realizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão.

Segundo Lula, o dilema que se coloca agora é se pode ou não voltar ao crédito que se tinha antes da crise mundial. O presidente explicou aos conselheiros que os governantes vão ter que decidir não apenas a regulação do sistema financeiro e dos paraísos fiscais, mas como restabelecer o crédito no planeta, "porque, sem isso, os países não funcionam, as empresas não investem e a economia não roda."

Ele voltou a defender o restabelecimento da hegemonia política sobre as decisões de ordem econômica. "Chegou a hora da verdade, a hora da política; não tem contemporização", afirmou Lula.

O presidente também criticou de novo "aqueles que sabiam tudo", que geraram uma crise sem precedentes. Uma das consequências é que a crise "coloca um ponto final nos equívocos cometidos por décadas, em nome do Deus mercado", prosseguiu.

Ao falar de improviso à plateia de mais de 500 pessoas, após leitura de um polido discurso, Lula reiterou que será "com ousadia, coragem e com crédito que o país vai vencer a crise."

Ele exemplificou ainda que as empresas "tiveram lucros enormes" nos últimos dois anos no Brasil, mas, lamentavelmente, quiseram ganhar mais do que deveriam, se envolveram em operações com derivativos e se deram mal. "Qualquer política econômica só será séria daqui para frente se for subordinada à produção, à geração de emprego e à distribuição de renda", concluiu Lula.
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