O governador Pedro Taques (PSDB) admite que está estudando a possibilidade de uma nova reforma administrativa, mas negou a saída de seu primo Paulo Taques da chefia da Casa Civil. "Não demito secretário pela imprensa", afirmou, ao rechaçar a informação de que tenha tratado da substituição de secretários. "Ninguém é insubstituível, todos os secretários podem ser substituídos em algum momento. No entanto, não cogitei a saída do Paulo da Casa Civil", disse. O governador também negou que tenha tratado da saída do secretário de Cidades, Eduardo Chilleto.

Leia Mais:
- Paulo Taques não sabe de onde saiu boato de pedido de demissão e diz que ser vice de Mauro Mendes só é possível se mudar a Constituição

- Pedro Taques discute com Temer moratória e o refinanciamento das dívidas dos Estados

Antes de o governador Pedro Taques ter se posicionado sobre o assunto, o secretário chefe da Casa Civil, tratou com serenidade o questionamento sobre uma possível reforma no primeiro escalão pelo governador Pedro Taques (PSDB), nos próximos dias, na qual o comando da Casa Civil seria alterado. “Comigo, o governador não tratou disso. Já li [o que foi publicado em um jornal de Cuiabá] e considero normal esse tipo de especulação. É comum. Não é privilegio de Mato Grosso nem meu”, afirmou Pedro Taques, em entrevista à  Rádio Centro América FM, no primeiro horário desta quarta-feira (8). 

A noticia sobre a eventual saída de Paulo Taques e do secretário Eduardo Chilleto, das Cidades (Secid), ganhou força por causa da veiculação como caráter definitivo. A questão de Taques vem sendo ventilada há dias. “É conversa que já vem de duas ou três semanas. E se acentuou quando tirei uma licença de duas semanas. Esse tipo de especulação é comum”, observou o chefe da Casa Civil.
 
“Deixo claro que o governador Pedro Taques não falou disso comigo. É muito mais afeita ao cargo e ao jogo de poder. Entendo como coisa normal, porque vamos fazer reforma administrativa e talvez alguns interesses sejam contrariados”, sintetizou Paulo Zamar.

Entenda o caso
A informação de que o governador José Pedro Taques promoverá mudanças no publicada em manchete do jornal A Gazeta, dando conta de que Paulo Taques vai deixar a Casa Civil e Eduardo Chiletto deixaria a Secretaria de Estado de Cidades (Sicid).

Haveria um rearranjo no staff, com Paulo Brustolin saindo da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) para ocupar a Casa Civil. E o secretário Gustavo de Oliveira, do Gabinete de Assuntos Estratégicos, ficaria como segunda opção para a Casa Civil.
 
O deputado Oscar Bezerra (PSB) confirmou para reportagem do Olhar Direto que a bancada do partido, na Assembleia, indicou o deputado Max Russi para a Secid. O presidente da Executiva Regional, deputado federal Fábio Garcia, disse que não sabia de nada.

Durante visita às obras da MT-021, em Chapada dos Guimarães, Pedro Taqeus encheu Max Russi de elogios, mas negou que estivesse pensando em convidá-lo para composição do secretariado. “Ele é um ótimo deputado, grata revelação da vida pública. Foi um bom prefeito de Jaciara. Está gabaritado para qualquer cargo”, citou Taques, para a reportagem do Olhar Direto.
 
É decisão de Pedro Taques  executar uma nova reforma administrativa, com   redução de 25% no custeio  e corte de cargos comissionados e  contratados. Existe até a possibilidade de demissão dos servidores que ainda se encontram em estágio probatório, contratados nos últimos três anos.