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Domingo, 28 de julho de 2024

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Mais uma droga pode ter contribuído para morte de Michael Jackson

Horas antes da morte de Michael Jackson, o médico do cantor administrou uma série de sedativos combinados ao uso do poderoso anestésico que o rei do pop utilizava para dormir, de acordo com um oficial envolvido nas investigações da morte do cantor. A combinação pode ser considerada segura se feita da maneira correta, mas potencialmente letal se não.


O oficial afirmou que o tipo de sedativos que o médico de Michael, Conrad Murray, administrou no cantor foram benzodiazepinas, normalmente utilizadas para acalmar pacientes antes de cirurgias. Murray disse aos investigadores que as doses foram dentro das prescrições médicas, segundo o oficial, que revelou partes do depoimento sob a condição de não ter sua identidade revelada.

Mesmo a níveis aceitáveis, as benzodiazepinas podem intensificar a ação do anestésico propofol, que diminui a capacidade respiratória. O uso das duas drogas pode ter um efeito desastroso.

Murray, que administrava as drogas em uma sala da mansão alugada do rei do pop, disse aos investigadores que Jackson parou de respirar na manhã do dia 25 de junho e que ele não conseguiu reavivá-lo. O médico é figura central na investigação de erro médico, mas as autoridades ainda não o classificaram oficialmente como um suspeito.
Em um depoimento por escrito, o advogado de Murray, Ed Chernoff, refutou as informações do oficial e disse que é "ridículo" a consideração de que o médico administrou a Michael diversas drogas.

"Nós não vamos responder a nenhuma acusação de uma fonte não-identificada", escreveu Chernoff.

Na investigação, a questão central é quais substâncias estavam no corpo de Jackson quando ele morreu. O oficial disse que testes toxicológicos preliminares detectaram o propofol, uma droga normalmente utilizada para deixar inconscientes os pacientes que passam por procedimentos cirúrgicos e que Michael utilizava como tranquilizante para dormir.

Mais análises vão determinar se outras drogas estavam presentes e em quais quantidades, permitindo traçar a combinação que levou o cantor à morte.

No relatório toxicológico, já adiado duas vezes, haverá a resposta para a questão aparentemente simples sobre o que matou o cantor. No entanto, a resposta deve levar uma complexa disputa médica e jurídica, especialmente se as autoridades não puderem provar que Murray tinha pleno conhecimento de todos os medicamentos que Michael tomava.

Se os resultados mostrarem um complexo de várias drogas, isto pode favorecer o médico. "Se for um pouco de tudo, vai ser difícil responsabilizar uma droga como causa da morte", disse o médico Richard Clark, diretor da divisão de toxicologia médica da Universidade da Califórnia em San Diego.

O Condado de Los Angeles usa um formulário que aceita três causas para a morte, mais um espaço para fatores que contribuam. Devido ao histórico de Michael com remédios, Clark disse que sua expectativa é a de que o escritório conclua que Jackson morreu devido a "intoxicação de múltiplas drogas".

A modelo e ex-coelhinha da "Playboy" Anna Nicole Smith e o ator Heath Ledger são exemplos de famosos que morreram devido a combinações letais de remédios.

Se Murray conseguir provar que não sabia sobre todos os medicamentos que Michael tomava, um processo de má conduta médica ou mesmo erro médico pode não ser iniciado.

O médico conservou com detetives, mas não falou publicamente desde a morte do cantor. Chernoff também negou categoricamente que seu cliente tenha administrado medicamentos como o Demerol ou o OxyContin.

A fonte anônima informou que Demerol não foi realmente encontrado na casa de Michael, mas que diversas benzodiazepinas foram encontradas em um armário e no quarto que o cantor dormia na noite de sua morte.

As benzodiazepinas estão em uma série de remédios utilizados contra a ansiedade, como o Valium, o Xanax, o Ativan e o Versed.

A combinação de propofol com benzodiazepinas é comum em salas de operação, mas não em casas, privadas, e levanta uma série de questões sobre segurança.

Murray é um cardiologista, mas não um especialista em anestesia e a investigação também apura se ele tinha o monitoramento adequado e o equipamento para emergências necessário para administrar o propofol a Michael.
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