O ministro da agricultura, Blairo Maggi (PP), afirmou que ficará de fora da campanha eleitoral em Cuiabá para seguir uma determinação do presidente interino Michel Temer (PMDB) cujo objetivo é resguardar a alta cúpula de comando do Brasil de se envolver em “rusgas” devido a disputas entre partidos da base de sustentação do Governo Federal por prefeituras.
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Em Cuiabá, a determinação de Temer frustra a expectativa do candidato Emanuel Pinheiro, que esperava cooptar o apoio do ministro da Agricultura após o prefeito Mauro Mendes (PSB), que possuía o apoio explicito de Blairo, recuar da candidatura à reeleição em favor de Wilson Santos (PSDB), o qual não possui proximidade do ex-governador de Mato Grosso.
“Eu, nesse momento, nesse cargo de ministro da Agricultura tenho um patrão. Tenho uma linha a ser seguida em função da política nacional. O presidente Temer nos recomendou que os secretários dos ministérios, os ministros, a alta cúpula de decisão do país, não se envolvesse em campanhas eleitorais aonde dois partidos da base ou mais estejam disputando eleição”, afirmou Blairo Maggi, em entrevista a Rádio Capital, nesta sexta-feira (12).
A ideia de Temer é deixar nomes importantes do governo de fora das brigas dos “currais eleitorais”, nos quais deputados federais devem se envolver diretamente nas eleições e poderiam criar problemas de relacionamento com ministros ou secretários nacionais devido às campanhas. Essas rivalidades poderiam interferir no momento de aprovação de projetos importantes para o Governo.
“Nós vivemos um momento muito delicado na economia e muito delicado no Congresso Nacional também. Grandes mudanças e grandes projetos deverão ser votados ainda esse ano e obviamente o presidente e comando do país não querem que venha para dentro do congresso nacional rugas e discussões na base provocado por um ministro que precisa do voto de todos os parlamentares”, explicou Blairo.
Com isso, Maggi já agendou uma viagem institucional para setembro, mês em que a campanha deve se intensificar. Ele acompanhará Michel Temer na reunião do G20, na China, e depois passará por vários países da Ásia com um grupo de empresários brasileiros para tentar fechar acordos comerciais. O itinerário devera incluir Coréia do Sul, Vietnã, Mianmar, Malásia e Índia, aonde mato-grossense tentarão vender madeira e etanol, entre outros produtos.
