O conselheiro substituto do Tribunal de Contas do Estado (TCE), João Batista, classificou como vergonhosa a situação em que as obras do COT da UFMT (Centro Oficial de Treinamento) estão e o fato de que o local não poderá ser utilizado nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs). A previsão era de que o contrato fosse encerrado em meados de julho, o que não aconteceu. Ao todo, o projeto custará R$ 19.810.832,87 aos cofres públicos. A falta de projeto também foi um dos problemas que empacaram os serviços.

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“A ordem de retomada dos serviços foi emitida em 20 de outubro de 2015. Entretanto, as obras do COT da UFMT seguem, desde a retomada, em ritmo lento e com desempenho abaixo do Planejado”, destaca o conselheiro em seu relatório. Um dos principais empecilhos para a sequência dos trabalhos seria a atualização e detalhamento dos projetos executivos.
 
Por conta dos atrasos, o COT não será sediará os jogos de futebol e provas de atletismo do JUBs: “Não há tempo hábil para a conclusão da pista de atletismo [já que os equipamentos serão importados da Alemanha]. Mais uma vergonha para o Estado de Mato Grosso, pois não há outra pista de atletismo na nossa capital que possa sediar as competições”, disparou o conselheiro.
 
A data para a conclusão da obra, dentro do novo cronograma, ainda não foi definida, já que isto depende da entrega de todos os projetos por parte da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso).O fiscal de contrato relatou que ainda faltam alguns projetos. Além disto, os ajustes podem aumentar ainda mais o valor do contrato. Por enquanto, apenas foi executada parte elétrica e uma precária manutenção no campo de futebol.
 
Houve um acordo para que a UFMT concentre os esforços na conclusão da pista de atletismo, que tem padrões internacionais. O gramado é outro ponto que está sendo discutido, já que o que está no local é padrão Fifa e tem um custo muito alto: “Terá que ser decidido se vai haver uma substituição. Uma das possibilidades seria colocar a grama sintética, igual ao estádio do Atlético-PR, que tem um custo muito menor”.

Outro lado

O secretário de Cidades, Eduardo Chiletto, confirmou - um dia após a coletiva do TCE - que “o COT da UFMT não fica pronto mesmo. A culpa foi da universidade que não entregou os projetos a contento. Tivemos que refazer várias vezes. Em novembro do ano passado se comprometeram a entregá-los e isto só foi acontecer agora. Temos questões de drenagem e muro de arrimo para serem feitos, não é só a pista”.

"A empresa não retomou com vontade, com gosto. Está muito devagar. Existem pequenas readequações. Nosso principal foco foi na pista de atletismo. Mas infelizmente não estará pronto a tempo dos jogos. Segundo a federação, não teremos as provas de atletismo. Os outros esportes serão disputados na Arena Pantanal e Ginásio Aecim Tocantins”, finalizou o secretário.

COT
 
O contrato de R$ 19.810.832,87 tem como data final de vigência o dia 8 de setembro de 2016. Após a assinatura do TAG (Termo de Ajustamento de Gestão), junto ao Executivo e o Tribunal de Contas do Estado (TCE), ficou definido que ainda faltavam mais de R$ 5 milhões para serem utilizados no projeto.
 
O COT da UFMT está sendo construído ao lado do ginásio poliesportivo da UFMT e contará com área total de 5,4 mil metros quadrados. O local tem capacidade de abrigar 1,5 mil torcedores, além de possuir campo de futebol e pista de atletismo. Previsto para antes da Copa do Mundo de 2014, ele não ficou pronto. Porém, ainda chegou a ser utilizado por duas seleções que estiveram em Cuiabá.