O comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Joaquín Almunia, considerou hoje de "correta" a taxa de câmbio atual do euro com o dólar, em torno de US$ 1,25 por euro.

A moeda europeia está perdendo posições nas últimas semanas em relação à americana diante de previsões de que a recuperação econômica chegue antes ao outro lado do Atlântico.

Entretanto, Almunia reiterou hoje, durante um encontro organizado pelo European Policy Centre, que uma categoria de cotação do euro entre US$ 1,2 e US$ 1,3 pode ser considerada "normal".

Ele também se mostrou de acordo com o câmbio relativo a outras moedas internacionais, como o iuane chinês e o iene japonês, e insistiu em que o problema neste âmbito continua sendo a elevada volatilidade que aumentou com a crise.

Durante o mesmo encontro, Almunia, destacou hoje os riscos para a estabilidade econômica e financeira de alguns países da Europa central e do leste, mas afirmou que não faz sentido um plano de resgate para toda a região e que "a situação deve ser analisada caso a caso".

Ele ressaltou, nesse contexto, a que ao pedido do Governo húngaro de um pacote de ajuda da UE à região de entre 160 bilhões de euros e 190 bilhões de euros foi rejeitada, em primeiro lugar, por diversos de seus países vizinhos, que negam necessitar desse tipo de ajuda.

A UE já ofereceu créditos para ajudar a resolver elevados desequilíbrios exteriores à Hungria (6,5 bilhões de euros) e à Letônia (3,1 bilhões de euros), junto a outras instituições que também forneceram fundos, principalmente o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Além disso, o Banco Europeu de Investimentos, o Banco Mundial e o Banco Europeu para a Reconstrução e o Desenvolvimento já anunciaram na semana passada uma ajuda de 24,5 bilhões de euros para estabilizar as instituições financeiras da região.