Que o precedente aberto pela “Operação Sodoma” (em fornecer meios para que criminosos confessem crimes) é caminho sem volta, disso não há dúvidas. O que não se sabe é até onde iremos, ou quantas operações ainda virão. A possibilidade foi admitida por todos ao longo deste último mês de ação penal da “Sodoma 2”. Advogados “temem” ver seus clientes envolvidos em “Sodoma 5, 6, 7...”. Agentes da Delegacia Fazendária (Defaz) garantem estar “luz à frente” nas investigações. Agora, a própria juíza responsável pelas ações, Selma Rosane Arruda, admite, em entrevista ao Olhar Jurídico. Com tantos cheques e documentos sendo levantados e apurados diariamente e com tantos fatos novos vindos à tona em cada delação, a magistrada questiona-se. “Qual o fim deste filme? Só Deus quem sabe!”. Arrisca-se até mesmo à descontrair. "E se mais tarde não houver mais operação?", pergunta uma jornalista. "Não pode... se não eu perco meu emprego", brinca.
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