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Terça-feira, 16 de julho de 2024

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Albergues quase lotados

População em situação de rua sofre com frio e depende de doações

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

População em situação de rua sofre com frio e depende de doações
Maltratados pelo frio intenso que surpreende a capital desde o sábado (3), a população em situação de rua tenta se proteger da temperatura, que pode ter feito sua primeira vítima, na madrugada desta segunda-feira (5), quando um  andarilho foi encontrado morto. Amontoados por regiões como o Centro e o Porto, eles dependem da solidariedade de populares e de ações da Secretaria Municipal de  Assistência Social, para que consigam manter-se aquecidos e a salvo da geada, que chegou a 12° na última noite.


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A Prefeitura, que ao longo do ano desenvolve projetos como a “Campanha do Agasalho”, lembra que o clima atípico também surpreendeu os profissionais da Assistência Social, que não haviam incluído em seu cronograma intervenções para este período, comumente de calor. Para amenizar a gravidade da situação, no entanto, eles estão se organizando e recolhendo agasalhos e itens que restaram em seus estoques para distribuí-los em uma caminhada marcada para as 19h de hoje.

O trabalho, de acordo com a administração, se concentrará em localidades no bairro do Porto, na Praça Ipiranga, e no Morro da Luz, onde o número de moradores de rua e andarilhos é maior. Uma equipe da Proteção Especial, órgão ligado à Assistência Social, também percorrerá este caminho, abordando os moradores e encaminhando-os a um dos três albergues municipais, localizados no bairro Monte Líbano, próximo à Rodoviária, no Porto e na Estrada da Guia.

Os abrigos, que no total dispõe de 150 vagas, estão quase lotados por conta do frio. Entretanto, segundo a coordenadora de Proteção Especial, Sueli Matos, ao longo do dia os profissionais tentarão encaminhar usuários que tem passagens marcadas para seus destinos, a fim adiantar sua situação e abrir novas vagas aos que poderão chegar.

Ela explica que as abordagens são feitas mensalmente, independentes do clima, mas que nesta situação incomum observa-se uma aceitação maior por parte dos moradores. “O frio castiga muito, por isso a procura nessa época é bem maior. Devido a procura, praticamente não temos vagas, mas estamos vendo o que fazer para poder atender o maior número de pessoas possível. Nós todos fomos pegos de surpresa por esse frio, ninguém esperava.”

Sueli também pede ajuda a população, que pode contribuir doando roupas, cobertores e agasalhos nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), ou Centros de Referência da Assistência Social (Cras). Para quem quiser contribuir, basta levar sua doação à um destes locais e informar que os materiais se destinam aos moradores de rua encaminhados aos albergues municipais. “Normalmente eles chegam só com a roupa do corpo, por isso precisamos de outras para entregar depois do banho, por exemplo.”
 
O Creas Centro está localizado na Rua Rua Régis Bittencourt, nº 384, e o Creas Norte, na Rua 01, esquina com a Rua 03, S/Nº, no bairro Morada do Ouro. Em caso de dúvida, também é possível entrar em contato com a Proteção Social por meio do número (65) 36456832 ou (65) 36456833.
 
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