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Segunda-feira, 19 de agosto de 2024

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Texto apócrifo

Advogado cuiabano é ameaçado de morte por PM após veiculação de falsa publicação racista

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Advogado cuiabano é ameaçado de morte por PM após veiculação de falsa publicação racista
A repercussão negativa de uma postagem falsa, atribuída ao advogado e escritor Eduardo Mahon, causou, além de revolta, ameaças a sua família. Em reação ao texto de cunho racista, destinado ao candidato à prefeitura de Cuiabá, Procurador Mauro, o policial militar, S.J.C usou seu Facebook para proferir xingamentos e ameaçar os filhos do advogado, que nega a autoria das frases.  “Cuidado por onde anda fica pianinho se gostaria de ver seus lindos filhos crescer”, diz uma parte da mensagem enviada inbox.


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Mahon, que é amigo do também candidato Wilson Santos, explica que a montagem racista surgiu após a divulgação de um artigo no qual ele critica a ideologia do Procurador e de seu Partido, o PSOL. Assim, a publicação que circulou por diversos grupos, pode ter surgido, segundo ele, da atitude de algum defensor revoltado. Nela a população cuiabana e as pessoas negras são depreciados com termos como “preguiçosos”, “sem cultura, e “de alma pobre e negra”.

 “... Venci na vida porque estudei e nunca quis levar a vida na filosofia dos cuiabanos, que são em quase 100% preguiçosos e que esperam tudo cair de graça no colo. Outro defeito do Procurador mauro é a sua cor e origem. Mauro é negro e da periferia sem cultura, sem essência, com uma alma pobre e negra, é isso que queremos para Cuiabá???... Fora Procurador Mauro, negro tem que saber o seu lugar, cuiabanos são todos Burros... Será?”, diz a postagem associada ao advogado.

Devido a gravidade do conteúdo e as conseqüências de sua veiculação, Mahon afirmou ao Olhar Direto que fará uma denúncia formal para que a situação seja apurada. Além disso, a corregedoria da Polícia Militar (PM) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), serão acionadas para que providências sejam tomadas com relação ao profissional responsável pelas ameaças.

“Houve um desencadeamento de equívocos por conta da manipulação de um texto, e esse policial, desinformado, acreditou que eu tivesse escrito. Isso é uma coisa. Outra coisa é ele me ameaçar. Como policial ele não pode fazer isso comigo nem com ninguém. Mesmo se eu fosse racista, louco, eu teria que responder juridicamente por isso. Já avisei ao comandante geral e a OAB, vamos com muita serenidade e vou tentar conversar com ele, esclarecer tudo. Mas ainda assim a denúncia será feita.”

Em sua página no Facebook ele falou sobre o caso e disse não se intimidar por este tipo de ação. 
“ Um dos muitos enganados por uma mensagem falsa que a esquerda está divulgando sobre um artigo meu. Minha família foi ameaçada. É claro que vou processa-lo. Caros amigos, lembrem-se: é justo esse tipo de loucura que precisamos nos defender. Não tenho medo. Ninguém me intimida. Esquerda nunca. Nem em Cuiabá nem em nenhum lugar. Essa mensagem de ódio precisa acabar!”

Mahon também conta ter sido avisado por amigos sobre a situação e lamenta a ausência de comentários e argumentos que permitissem uma discussão mais ampla sobre a postagem original. “Eu acho ótimo as pessoas lerem e criticarem. As análises permitem o crescimento de quem escreve. Por isso minha maior frustração nesse caso foi que a ideia em si não foi debatida. As propostas estatizantes expostas não foram refutadas. Ninguém do PSOL foi capaz de argumentar, de dizer que eu estava errado.” 
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