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Segunda-feira, 19 de agosto de 2024

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Castelo de Areia

‘Golpista’ sócio de João Emanuel tem terreno de R$ 32 milhões e diz querer ressarcir vítimas

Foto: Reprodução/PJC

Walter é apontado como um dos maiores golpistas do Estado. A esposa também teria participação, segundo a PJC.

Walter é apontado como um dos maiores golpistas do Estado. A esposa também teria participação, segundo a PJC.

O empresário Walter Dias Magalhães, 40 anos, apontado pela polícia como um dos maiores golpistas do Estado, alegou que possui um terreno no valor de R$ 32 milhões e que quer ressarcir as vítimas que foram prejudicas no esquema investigado pela GCCO (Gerência de Combate ao Crime Organizado) na operação Castelo de Areia. O prejuízo de um só cliente chegou a R$ 50 milhões e o total pode passar de R$ 500 milhões.


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Em seu depoimento ao GCCO, o empresário disse que foi procurado por João Emanuel em janeiro de 2015. Como ele não estava conseguindo dar baixa na empresa ABC Shares, o ex-vereador disse que poderia auxiliá-lo e conseguiu resolver o problema em apenas um dia, por isso ganhou a confiança de Walter.
 
Por conta disto, Walter convidou João Emanuel para ser vice-presidente da Soy Group. Desta maneira, o ex-presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá também levou o pai Irênio Lima Fernando, que é juiz aposentado e o irmão Lázaro Roberto Moreira Lima. O primeiro atuou  como chefe de operação, enquanto que o segundo seria o diretor jurídico da empresa.
 
João Emanuel seria o CEO - Chief Executive Officer, que seria um diretor executivo da empresa -. Meses depois, Walter afirmou ter sido apresentado a Mauro Chen, que seria o falso chinês utilizado para dar maior credibilidade ao esquema, segundo as investigações da GCCO. O ex-vereador teria, inclusive, fingido traduzir o que Chen dizia em mandarim.
 
Ao delegado, Walter alegou ter patrimônio suficiente e total interesse de ressarcir as vitimas prejudicadas no esquema. Com um salário de R$ 9 mil por mês na Soy Group, ele apresentou um terreno no valor de R$ 32 milhões, localizado na avenida do CPA (Historiador Rubens de Mendonça), que poderia ser utilizado.
 
Walter Dias Magalhães ainda confirmou que já foi indiciado por estelionato, mas que nunca foi condenado por tal crime. O empresário e a esposa, Shirlei Aparecida Matsucka, respondem a outros dois inquéritos por supostos golpes cometidos da mesma forma contra outras três pessoas em Mato Grosso, segundo a polícia.
 
As investigações da 1ª Delegacia de Polícia de Várzea Grande apontam que o casal teria cometido crimes de estelionato, apropriação indébita e associação criminosa. O dinheiro dos golpes seria utilizado pelo casal para comprar carros de luxo e outras aquisições que ainda estão sob investigação. Por fim, é dito que Walter é um dos maiores estelionatários do estado e tem dezenas de boletins de ocorrência registrados contra ele, por vítimas de diferentes regiões de Mato Grosso.

Plano

Em seu depoimento, Walter Dias comentou que o ex-vereador João Emanuel Moreira Lima, suposto chefe de uma organização criminosa para a prática de crimes de estelionato, possui um plano para matar a magistrada Selma Rosane Arruda, da Sétima Vara Criminal de Cuiabá. "Ele disse que falaria com o detendo Sandro Louco para concretizar o plano de matar a juíza Selma Arruda; que de acordo com o suspeito João Emanuel, Selma Arruda já havia recebido ajuda de seu pai, o ex-juiz Irênio Lima e não poderia estar desta forma a prejudicar os negócios desempenhados por ele”, diz trecho das declarações de Walter.

Castelo de Areia
 
A Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira, 26, a operação “Castelo de Areia”, para cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva, sete buscas e apreensão e uma condução coercitiva. Entre os alvos, segundo a investigação, está o ex-vereador e presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, João Emanuel Moreira Lima. Ele já foi preso nesta manhã na sede de um hospital particular da Capital, de acordo com a Polícia Civil. João foi submetido a um procedimento cirúrgico e permanece na unidade.
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