Se os 20 estados periféricos que se rebelam contra os benefícios na renegociação das dívidas que o governo federal pretende conceder aos quatro estados mais fortes politicamente – SP, RJ, MG e RS - realmente decretarem calamidade pública, o presidente Michel Temer (PMDB) pode enfrentar uma séria crise de credibilidade econômica perante o mercado internacional. Pode ser o caso de o nível de confiança cair ainda mais na avaliação das agências mundiais. O governador Pedro Taques (PSDB) alertou para os riscos de isso arranhar a imagem do país no exterior, e afirma que a medida não é uma forma de fazer pressão, mas sim reivindicar direitos. Chame do que quiser, mas se os governadores e senadores desses estados “pequenos” em poder político realmente se manterem unidos, Temer se verá dentro de uma caldeira e precisará dançar conforme a música.