A candidata a prefeita de Cuiabá pelo PRB, Serys Slhessarenko, defendeu a redução dos recursos destinados ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para poder investir mais na atenção básica. Como o Samu é um serviço gerenciado pelo governo estadual, a ideia de Serys é discutir a possibilidade com o governador Pedro Taques (PSDB).

Leia mais:
Propaganda de Serys afirma que candidatos estão pagando por manipulação de pesquisas
 
Em entrevista à TV Centro América, nesta terça-feira (20), a candidata afirmou que 50% de tudo o que vem do Sistema Único de Saúde (SUS) para Mato Grosso é gasto com o Samu. “Será que precisa tudo isso? Temos que rever isso, inclusive conversando com o estado. Eu discutiria com o governo do estado a possibilidade de fazermos rearranjos e não gastar tanto. Será que o governo já detectou que gasta 50% do dinheiro do SUS com para administrar o Samu? Isso não é necessário”, avaliou.

Segundo Serys, parte do dinheiro hoje utilizado no Samu seria melhor aplicado na atenção básica, que é responsabilidade da rede municipal de saúde. “Vamos botar isso na ponta, na base, na contratação de médicos, enfermeiras, assistentes sociais. Lá na ponta da atenção básica é que nós temos que cuidar. O agente de saúde tem um papel fundamental junto às famílias, buscando levantar problemas existentes para evitar chegar ao tratamento de hospital de alta complexidade de doenças que poderiam ter sido evitadas lá no início”, disse.

Outra forma de aumentar os recursos da saúde, segundo a candidata, seria reduzir o número de acidentes de trânsito, responsável pela maior demanda do atendimento do Pronto Socorro de Cuiabá.

A candidata do PRB criticou também a remuneração dos médicos da rede municipal, que ela considerou muito baixa. “Sabe quanto ganha um médico concursado para trabalhar 20 horas? R$ 4 mil. O não concursado ganha R$ 2,9 mil. Isso é justo? Isso é correto? Não dá pra fazer saúde de qualidade desse jeito”, disparou. Serys ainda afirmou que reduziria o salário de prefeita, caso eleita. 

Confira o vídeo da entrevista no site do G1.