As Bolsas de Nova York apontam para um início de mês bastante amargo, com o índice Dow Jones caindo abaixo do nível dos 7 mil pontos já nos primeiros minutos do pregão de hoje, enquanto os papéis das financeiras encabeçam o movimento de perdas. Durante toda a manhã desta segunda-feira, os índices futuros negociados no pré-mercado em Wall Street operaram fortemente pressionados pela notícia de aumento de capital do banco HSBC e pelas notícias relativas à seguradora American International Group (AIG). Às 11h33 (de Brasília), o índice Dow Jones recuava 1,99%, a 6.924 pontos; o S&P 500 caía 2,17% e o Nasdaq-100 cedia 1,49%.
"As preocupações com a liquidez permanecem no sistema bancário e, portanto, os investidores não têm motivo para comprar papéis de bancos", disse um operador. "Mesmo os bancos mais fortes precisam elevar capital para enfrentar o impacto do atual ambiente de incerteza e dar suporte as elevadas expectativas de níveis de capital", observaram analistas do SNS Securities.
O HSBC informou hoje que pretende levantar 12,5 bilhões de libras esterlinas (US$ 17,75 bilhões) em capital novo, em meio à piora da perspectiva para seu desempenho este ano, depois que o lucro líquido em 2008 caiu 70%, para US$ 5,73 bilhões. O banco disse também que se arrependeu da sua incursão nos negócios de finanças ao consumidor nos EUA e decidiu acabar com essas operações, o que provocou uma baixa contábil no valor de aviamento de US$ 10,6 bilhões e provocará a perda de cerca de 6,1 mil empregos.
Já a AIG recebeu um novo aporte do governo norte-americano, que, para evitar uma crise maior para a economia, irá colocar a disposição da seguradora mais US$ 30 bilhões em troca de ações preferenciais (PN). No quarto trimestre do ano passado, teve um prejuízo histórico na vida empresarial dos EUA, de US$ 61,7 bilhões. O Tesouro norte-americano e o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) disseram não descartar ajudas adicionais ao longo do tempo, se os mercados não melhorarem ou se estabilizarem. As informações são da Dow Jones.
