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Segunda-feira, 19 de agosto de 2024

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Órgãos ainda funcionam

Família pede transferência de suposto terrorista para hospital particular após espancamento em cadeia

Foto: Reprodução

Família pede transferência de suposto terrorista para hospital particular após espancamento em cadeia
A família de Valdir Pereira da Rocha, 36, que foi internado após ser espancado na Cadeia Pública de Capão Grande, em Várzea Grande, pediu a transferência da vítima do Pronto Socorro da cidade para o Hospital São Matheus, em Cuiabá. Inconformadas, a mãe e a esposa do homem não aceitariam o desligamento dos aparelhos que o mantém vivo desde sexta-feira (14), quando ele foi atacado por outros detentos durante um princípio de motim. Valdir estava preso por suspeita de envolvimento com a organização terrorista Estado Islâmico. 


A morte encefálica do suspeito havia sido confirmada pela assessoria de imprensa do Pronto Socorro de Várzea Grande, que voltou atrás e informou que a euqipe médica não pode atestar a situação, uma vez que o paciente permanece respirando e segue em observação. O responsável pelo caso dele é o médico neurocirurgião Thiago  Albonete.

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De acordo com o delegado Marcelo Jardim, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), investigadores foram enviados ao local e constataram que não houve perfurações no corpo de Valdir, que apresentava traumatismo craniano decorrente da agressão. “Não havíamos sido acionados ainda porque a morte não foi confirmada. Em todos os casos, morte cerebral é morte e já começamos a tomar as providências necessárias para a investigação.”

Ele conta ainda que atualmente a pressão arterial e o batimento cardíaco do homem são normais, no entanto, não há chance de que o quadro seja revertido. Por esse motivo os aparelhos deverão ser desligados. Familiares da vítima estão neste momento no Pronto Socorro.

Por meio de nota, a assessoria de imprensa do Pronto Socorro de Várzea Grande afirma que o paciente permanece internado no box de emergência respirando por aparelhos (ventilação mecânica) e monitorado por uma equipe médica. Ele precisa de uma vaga numa Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), e no momento não existe nenhuma disponível no Pronto-Socorro de Várzea Grande. 

"Ele apresenta trauma encefálico e seu quadro de saúde é gravíssimo. Ele precisa de uma vaga numa Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), que no momento não existe nenhuma disponível no Pronto-Socorro de Várzea Grande. A vaga em UTI para o paciente está regulada desde a noite de ontem (sexta-feira), mas até o momento não surgiu nenhuma vaga", diz a nota. 

Acusado por envolvimento com terrorismo, ele veio da Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul (MS), sob pedido de que permanecesse com uso de tornozeleira eletrônica em regime fechado. De acordo com a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos de Mato Grosso (Sejudh), a  motivação para o crime ainda não foi divulgada, uma vez que a situação passa a ser investigada agora pela Polícia Judiciária Civil. Também não há informações sobre a quantidade de presos envolvidos no espancamento.

Valdir se entregou em Vila Bela da Santíssima Trindade (521 km a oeste de Cuiabá) depois de ser procurado pela Polícia Federal, sob suspeita de integrar grupo que supostamente planejava ataque terrorista durante os jogos olímpicos, realizado no Rio de Janeiro. A ação fez parte da Operação Hashtag, que prendeu outros 11 possíveis envolvidos com terrorismo no Brasil. 

Atualizada às 17h20min
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