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Sábado, 27 de julho de 2024

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Indústria de panificação de MT não teme a crise mundial

Apesar dos braços da crise mundial que atingem alguns setores produtivos no Brasil, o setor das indústrias de panificação em Mato Grosso não teme uma queda em 2009. A previsão, ao contrário, é bastante otimista para o ano e vê um Estado autosuficiente na produção de trigo e de farinha. 


Luiz Antônio Martins Garcia, presidente do Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria de Mato Grosso (Sindipan-MT), explica que o mercado da farinha está estabilizado desde outubro de 2008, juntamente com o preço do trigo, e que, assim, a população não teve acréscimos significativos no valor do pão. O que, porventura, poderia influenciar no preço são os empregados, já que o salário mínimo subiu. “Mas esse acréscimo é muito pouco significativo”, diz Garcia. 

Apesar de existirem algumas preocupações relevantes no setor, como falta de trigo no mercado brasileiro ou um aumento exorbitante no preço do grão, a expectativa para 2009 é muito boa e joga as hipóteses menos favoráveis a um plano secundário. 

No ano passado a saca de 50 quilos de farinha de trigo chegou a custar 110 reais. Hoje custa algo em torno de 70, o que sinaliza boas condições noo mercado atual. “Estamos confiantes. Um moinho de trigo no distrito industriário de Cuiabá, paralisado há mais de três anos, será reativado em meados de abril”, revela Luiz. 

Ele diz que, com essa reativação, o preço da farinha de trigo local será competitivo aos preços de São Paulo. Além disso, Luiz afirma que com os cerca de 25 mil hectares de terra disponíveis, mais todos os equipamentos e tecnologia presentes no Estado, Mato Grosso tem condições de ser autosuficiente na produção de trigo. E isso seria em um tempo bastante curto, mais ou menos um ano. Para isso, o apoio dos governos Estadual e Federal é imprescindível. 

Com todo o potencial de produção de trigo sendo utilizado, o Estado seria capaz de produzir, também, as cerca de 10 mil toneladas de farinha que Mato Grosso consome por mês. Luiz explica que, com este processo tendo início, dentro de alguns anos o Estado, além de ser autosuficiente em trigo e farinha, teria um grande potencial de exportação desses produtos. “Poderíamos chegar a sermos responsáveis por 50% da produção de trigo no país”, estima.
Com as projeções otimistas do setor das indústria da panificação, o mato-grossense pode, pelo menos por enquanto, ficar tranqüilo quanto ao “pãozinho de cada dia”.
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