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Sábado, 27 de julho de 2024

Notícias | Economia

Queda no preço do petróleo mina reconstrução do Iraque

Em poucos países do globo as consequências da crise financeira são tão potencialmente graves como são para o Iraque. Tanto as receitas do petróleo como o apoio financeiro americano despencaram justo quando o país tinha a chance de tirar vantagem de sua crescente estabilidade para melhorar serviços básicos e modernizar sua infraestrutura arruinada.

Agora, projetos estão sendo adiados enquanto o Iraque batalha para pagar os enormes aumentos salariais concedidos pelo governo ao funcionalismo público, além dos salários e equipamentos para as centenas de milhares que integram as novas forças de segurança iraquianas. Em meados do ano passado, com os preços do petróleo acima de US$ 100 o barril, o Iraque estava tão forrado de dinheiro que muitos nos EUA argumentavam que um país tão rico deveria estar pagando por sua reconstrução.

Seis meses depois, a questão é se uma queda na arrecadação do governo iraquiano, que depende quase inteiramente do petróleo, poderia ameaçar a relativa segurança e estabilidade obtida ao custo de tantos recursos e vidas americanas. Uma economia iraquiana estável e uma força militar bem preparada são cruciais para as tropas de combate americanas serem retiradas até agosto de 2010.

Enquanto o Parlamento iraquiano debatia uma proposta orçamentária de US$ 62,8 bilhões na última semana, autoridades americanas e iraquianas diziam que o país poderia evitar uma crise imediata recorrendo à mesma fonte que atraiu críticas tão intensas nos EUA: os bilhões de dólares em receitas de petróleo que o Iraque foi incapaz de gastar em projetos de reconstrução. Esse dinheiro, que segundo o Banco Central do Iraque se aproxima de US$ 35 bilhões, está parado em várias contas bancárias, incluindo uma em Nova York no Federal Reserve (banco central).

Para ajudar a tapar o buraco, o Iraque pretende sacar em torno de US$ 20 bilhões em um único ano. Mas isso, dizem autoridades federais, não seria suficiente para salvar projetos de reconstrução essenciais para melhorar serviços gravemente imperfeitos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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