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Domingo, 28 de abril de 2024

Notícias | Meio Ambiente

Pacto climático da ONU depende de corte maior de CO2

O acordo climático da Organização das Nações Unidas (ONU) previsto para ser fechado em dezembro será um fracasso, a menos que os países industrializados reforcem drasticamente os cortes nas emissões de gases do efeito estufa prometidos para 2020, disse o diretor de um importante grupo da ONU na quarta-feira (12).


John Ashe, que lidera as negociações da ONU entre os dias 10 e 14 de agosto sobre o planejamento de cortes nos países ricos, afirmou que as promessas atuais estão longe da faixa dos 25% a 40% abaixo dos níveis de 1990, calculada por um conselho científico da ONU para evitar o pior da mudança climática.

"Será difícil sair dessa faixa e julgar o resultado um sucesso", disse Ashe no encontro que reúne 180 países. Ashe também é o embaixador de Antígua e Barbuda para a ONU.

"Tendo como base as promessas que atualmente estão na mesa de negociações, chegar aos 25 por cento já será difícil", observou Ashe a respeito das negociações --parte de uma série de conferências que deverão culminar com um novo pacto climático da ONU em Copenhague, em dezembro.

Até agora, as promessas feitas pelos países que ratificaram o Protocolo de Kyoto --todas as nações industrializadas à exceção dos EUA-- somam um total de cortes entre 15% e 21% até 2020 a partir dos níveis de 1990, de acordo com o Secretariado de Mudança Climática da ONU.

Quando os EUA são considerados, o nível geral de cortes é reduzido, pois a meta do presidente Barack Obama é diminuir as emissões até que elas cheguem em 2020 aos níveis de 1990. As emissões subiram drasticamente durante os dois governos que antecederam o de Obama.

A reunião de agora é a primeira realizada depois que todos os países desenvolvidos apresentaram suas propostas --na última conferência climática da ONU, em junho, faltavam ainda as propostas da Nova Zelândia e da Rússia.

Muitos países em desenvolvimento, como China e Índia, dizem que as nações ricas deveriam cortar as emissões em ao menos 40%, sob argumento de que a evidência de mudança climática está cada vez mais forte, assim como o degelo no Ártico durante o verão. Pequenos países situados em ilhas, como Antígua e Barbuda, desejam cortes de ao menos 45%.

Qualquer que seja o novo pacto, ele precisará ser aprovado de forma unânime por mais de 190 países.

A faixa de 25% a 40% foi identificada pelo Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) em 2007 como necessária para evitar o cenário pior do aquecimento global --mais ondas de calor, inundações, propagação de doenças e aumento no nível dos oceanos.

Ashe afirmou que a desaceleração econômica estava afetando as ambições para se combater o aquecimento global. "Há um sentimento de urgência nas conversas sobre mudança climática, mas acho que fomos golpeados um pouco pela crise econômica", afirmou.
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