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Domingo, 18 de agosto de 2024

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Sem efetivo

Moradores reclamam de aumento da criminalidade após delegacia ser desativada em cidade de MT

Foto: Reprodução

Moradores reclamam de aumento da criminalidade após delegacia ser desativada em cidade de MT
Desativada há mais de um ano, a delegacia de Polícia Civil de Nova Brasilândia (210km de Cuiabá), se tornou sinônimo de aumento da criminalidade e abandono para os quase cinco mil moradores do município. A unidade, que também atendia Planalto da Serra (265 km de Cuiabá), foi desativada em 2016, colocando a cidade entre as dezenas de municípios mato-grossenses que não possuem delegacias. Agora as ocorrências da região são atendidas exclusivamente por 12 policiais militares, que atendem os cidadãos integralmente.


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A situação, no entanto, não tem garantido sensação de segurança entre a população, uma vez que, quando uma prisão é realizada, parte dos profissionais precisa ir à Chapada dos Guimarães (70 km de Cuiabá) para a tomada de providências. Assim, além da ausência do efetivo, a única viatura disponível é utilizada para o deslocamento dos presos até a 1ª Companhia Independente de Polícia Militar de Chapada dos Guimarães, a qual o Núcleo está ligado.

De acordo com a dona de casa K.R., em decorrência do fechamento da delegacia muitos crimes não são mais denunciados, contribuindo para a certeza de impunidade dos bandidos e conseqüentemente com o aumento de suas ações. “Aqui está assim, homem bate em mulher e fica por isso mesmo. Acontece assalto, homicídio e é muito mais difícil denunciar, já que só fazemos o boletim de ocorrência com a PM. Quando eles saem pra levar um preso pra Chapada, a gente fica totalmente sem segurança”, explica.

Ela, que já viu vizinhos e amigos passando por situações parecidas, afirma que embora o edifício esteja completamente abandonado, com acúmulo de lixo e crescimento de mato,  há estrutura para que a delegacia volte a funcionar. “O governador, quando esteve aqui, prometeu mundos e fundos mas sequer foi lá pra olhar. Como que pode ficar assim, uma cidade sem delegacia? Nós estamos sofrendo. A esperança é que as autoridades se sensibilizem com nossa situação e façam alguma pela nossa segurança.”

A Polícia Civil explicou que, embora haja vontade por parte da corporação, em decorrência da falta de efetivo não há previsão para que a delegacia seja reaberta. Foi informado ainda que no local atuava apenas um investigador e que, para voltar a atender a população, além dele, seria necessária uma equipe completa, com escrivão, delegado. Do contrário, a atuação continuaria limitada e os presos continuariam sendo encaminhados à Chapada dos Guimarães.

Com relação aos critérios utilizados para a manutenção das delegacias, a instituição leva em consideração principalmente a demanda criminal de cada localidade, além de outros fatores como efetivo, condições estruturais, dentre outros. O número de moradores também é levado em conta, mas não sobrepõe, por exemplo, a quantidade de ocorrências registradas.
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