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ESCUTAS TELEFÔNICAS

Coronel Zaqueu pode ser interrogado sobre grampos já na próxima semana; PM pedirá prorrogação de prazos

14 Jun 2017 - 12:11

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Olhar Direto

Coronel Catarino

Coronel Catarino

O coronel da reserva da Polícia Militar, Jorge Catarino Morais Ribeiro, convocado pelo governador Pedro Taques (PSDB) para conduzir as investigações dos grampos telefônicos supostamente realizados pelo ex-comandante da PM, coronel Zaqueu Barbosa e pelo cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior, disse que deverá já na próxima semana pedir prorrogação de prazo do IPM (Inquérito Policial Militar). Ao Olhar Direto, ele ainda garantiu que Zaqueu Barbosa ainda não foi ouvido, mas que o fará em breve.

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Zaqueu é apontado pelo juiz Marcos Faleiros, da Vara de Crimes Militares do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), como o principal contato com os magistrados que autorizavam as interceptações telefônicas ilegais.

A afirmação está na sentença que determinou a prisão de Zaqueu e do cabo Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior, que também é acusado de envolvimento no caso.

No texto, Zaqueu aparece como sendo responsável por viabilizar os grampos, mantendo para isso “contato pessoal” com os juízes. Já o cabo Gerson Correa seria o responsável por formalizar os pedidos, prorrogações e relatórios de inteligência dos grampos militares à Justiça.

Segundo o Coronel Jorge Catarino, “a tendência é pedir a prorrogação de prazo do IPM”. O pedido deverá ser feito “na semana que vem”.

Afirmou também que “possivelmente” ex-comandante da PM Zaqueu Barbosa será ouvido “na semana que vem” e que não há justificativa para o fato de ainda não ter havido qualquer interrogatório com o acusado. “É o deslanchar normal do inquérito”, disse Catarino, que acrescenta que “à depender do andar do inquérito”, Zaqueu poderá ser o último interrogado.

Garante, por fim, que “o IPM está transcorrendo normalmente”.

Os grampos revelados em uma reportagem do Programa Fantástico, no dia 14 de maio, teriam atingido principalmente os adversários políticos do governador Pedro Taques (PSDB). Segundo a reportagem, o promotor responsável pela investigação do caso, Mauro Zaque, havia denunciado o caso ao governador. Mas, Taques nega que tenha sido avisado.

O coronel Zaqueu pediu demissão em janeiro de 2016, após um atrito entre a cúpula da Polícia Militar e o então secretário de Segurança Pública (Sesp), Mauro Zaque, que é o responsável por denunciar o suposto esquema de escutas ilegais, que monitorava números de diversas pessoas de relevância do Estado, incluindo a deputada estadual, Janaína Riva (PMDB).
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