Diante de algumas inconsistências apontadas no edital do concurso público para a Educação, divulgado na terça-feira (4), profissionais do setor reivindicam alterações nos critérios de eliminação e no conteúdo elencados no documento. Problemas relativos à quantidade de vagas e a exigência de prova didática antes da contração também foram apontados presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Henrique Lopes, em coletiva.
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De acordo com ele, embora seja constatado um avanço, com a realização do processo seletivo, as vagas ainda estão muito aquém das necessidades dos trabalhadores. A afirmação leva em consideração os 5700 postos oferecidos pelo Governo contra a demanda de quase 14 mil profissionais estimada pela instituição. “As garantias feitas após a greve do ano passado vem sendo cumpridas parcialmente. Este número, por exemplo, representa apenas metade do que o quadro atual pede.”
Além de 3.324 vagas para o cargo de professor, o concurso público ainda ofertará 1.496 vagas para o cargo de apoio administrativo e 928 para o cargo de técnico administrativo, em um total de 5.748 vagas, além de cadastro de reserva de 50% do total de vagas.
Outro ponto destacado por Henrique foi a realização de uma avaliação da didática dos concorrentes ao cargo de professor, aplicada na terceira etapa do concurso. A primeira fase será composta por uma prova objetiva de múltipla escolha, com 70 questões, e a segunda fase por uma redação e uma prova dissertativa com quatro questões, sendo três da disciplina específica a qual o candidato concorre, e uma relativa às políticas públicas de educação. As duas etapas serão realizadas no dia 17 de setembro.
Os classificados para a terceira fase passarão por uma avaliação didática com apresentação de uma aula, cujo conteúdo deverá ser pré-determinado, na área específica de atuação, com duração de 20 minutos para apresentação e 10 minutos para questionamentos da banca avaliadora. A quarta e última fase será a de avaliação de títulos, também de caráter classificatório.
“Nós não somos contra a avaliação didática, mas estamos preocupados com o tempo. É importante lembrar que mesmo depois de empossado, os profissionais passam por três anos de período probatório. Durante esse tempo é possível fazer essa análise. O concurso deveria ter acontecido em fevereiro desse ano pra que os profissionais assumem agora, no segundo semestre. Se for feito agora, é possível que eles não sejam empossados até no início de 2018. “
Junto à assessoria jurídica e pedagógica o Sindicato está elaborando um relatório que deverá ser entregue à Secretaria de Estado de Educação (Seduc), na segunda-feira (10), data do início das inscrições. A orientação aos candidatos é que se inscrevam para a prova. “As alterações não devem mudar o rumo do concurso, portanto, nossa orientação é a mesma que os professores dariam a seus alunos: mantenham a calma, se preparem para gabaritar a prova e mostrar a capacidade dos professores de Mato Grosso.”
A Seduc informou que aguardará o encaminhamento do relatório para se posicionar sobre o assunto. Na terça-feira (5), a Pasta informou por meio de nota que irá publicar no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso, uma errata em relação ao edital do concurso público. Por um equívoco da equipe que elaborou o conteúdo programático das provas, foram exigidos fatos relacionados à História do Estado do Espírito Santo – sendo que a orientação da Seduc é que sejam exigidos dos candidatos conteúdos que reforcem os saberes em história, geografia e literatura mato-grossenses.
.jpg "Sintep aponta falhas em edital de concurso da Educação e demonstra preocupação com prazos")
