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Sexta-feira, 16 de agosto de 2024

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CASO LEDUR

Associação lamenta morte de aluno bombeiro e pede que treinamentos violentos e excessivos não sejam permitidos

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto/I

Associação lamenta morte de aluno bombeiro e pede que treinamentos violentos e excessivos não sejam permitidos
A Associação dos Familiares Vítimas de Violência de Mato Grosso (AFVV) emitiu uma nota de apoio ao aluno Bombeiro Militar Rodrigo Patrício Lima Claro, de 21 anos, que faleceu em 2016 com complicação de saúde devido ao excesso de treinamento praticado pela tenente Izadora Ledur, ocorrido na Lagoa Trevisan. De acordo com a nota, é pedido que sejam aplicadas as regras legais para que a justiça seja feita e que não seja permitida omissão das leis que continue a pulverizar treinamentos violentos e excessivos aplicados por Oficiais Superiores.


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O registro diz que estes treinamentos podem ocasionar lesões graves e até a morte. “Hoje temos um estilo de vida, muito frágil, perdemos o direito a segurança, a saúde, a educação a qualidade de vida, Rodrigo Claro, com excelente condicionamento físico, certamente não suportou o excesso de rispidez e violência física e mental que ultrapassou os limites legais de um treinamento para formação de um Bombeiro Militar, ou seja, estava lá para ser ensinado e não para ser sacrificado de morte”, diz parte da nota.
 
Outro fator levantado é a repetição deste tipo de "treinamento”. Vale lembrar, o triste episódio dos Cadetes Sérgio Kobayashi e Evaldo Bezerra Queiroz, treinamento mal sucedido em um rio na região da cidade de Cáceres, e também o caso do Soldado Abinoão Soares de Oliveira, na região do lago do manso, e ainda aquela simulação de um resgate de reféns dentro de um micro ônibus em Rondonópolis com uma criança morta e quatro adultos feridos que estavam na plateia.
 
Outro posicionamento levantando foi à nota de apoio da Associação dos Oficiais da Polícia Militar de Mato Grosso (ASSOF - MT), que é classificada como "tendenciosa e corporativa" querendo sobrepor a Denuncia recebida pelo Poder Judiciário de Mato Grosso, sendo que o certo seria a ASSOF - MT, exigir apuração imparcial e justa com condenação ou absolvição respeitando o devido processo legal.

VEJA NOTA DA AFVV NA ÍNTEGRA:

Associação dos Familiares Vítimas de Violência de Mato Grosso - AFVV, imbuída em resgatar e garantir o mínimo de dignidade humana vêm à presença da família do vitimado Rodrigo Patrício Lima Claro, Jovem Bombeiro Militar, que faleceu com complicação de saúde devido ao excesso de treinamento ocorrido na Lagoa Trevisan, na cidade de Cuiabá - MT, e também, perante a sociedade cível lançar e subscrever NOTA DE APOIO, visto que nossas leis não vêm sendo cumpridas a rigor, todos sabem que isso têm promovido a IMPUNIDADE, que gera descrédito na instituição da justiça e estimula a violência que ameaça a todos nós.
 
A Nota de Apoio, não é para pedir condenação da TENENTE IZADORA LEDUR e seus Subordinados, mas sim, aplicar as regras legais, para que a justiça seja feita e não mais permitir que a omissão e benevolência das leis continue a pulverizar treinamentos violentos e excessivos aplicados por Oficiais Superiores, ocasionando lesões graves e até a morte, e alimentar a mentalidade de que este tipo de crime compensa, pois, a legislação, através de suas brechas, sempre oferece um jeito de não se pagar por ele, ademais a sacrossanta profissão de Bombeiro Militar, é para salvar vidas e não para tirar a vida de seres humanos.
 
O jogo maniqueísta que alguns operadores institucionais, fazem em favor da impunidade, contribui e muito com a injustiça. Porém necessitamos unir forças e buscar elementos necessários á manutenção do bom andamento dos processos e da instituição que está incumbida de zelar pela segurança de nossa sociedade, o Ministério Público de Mato Grosso ofereceu denúncia em desfavor da Tenente Izadora Ledur e Seus Subordinados, e foi recepcionada pela Magistrada Selma Arruda, da 7ª vara criminal de Cuiabá, que em sua decisão determinou algumas medidas cautelares e suspensão do exercício de função pública da Tenente Bombeiro Izadora Ledur, até o final da instrução processual, isso não podemos deixar de observar neste momento.
 
Hoje temos um estilo de vida, muito frágil, perdemos o direito a segurança, a saúde, a educação a qualidade de vida, Rodrigo Claro, com excelente condicionamento físico, certamente não suportou o excesso de rispidez e violência física e mental que ultrapassou os limites legais de um treinamento para formação de um Bombeiro Militar, ou seja, estava lá para ser ensinado e não para ser sacrificado de morte.
 
Este tipo de "treinamento" seguido de morte, infelizmente têm se repetido em Mato Grosso e no Brasil, aqui vale lembrar, o triste episódio dos Cadetes Sérgio Kobayashi e Evaldo Bezerra Queiroz, treinamento mal sucedido em um rio na região da cidade de Cáceres, e também o caso do Soldado Abinoão Soares de Oliveira, na região do lago do manso, e ainda aquela simulação de um resgate de reféns dentro de um micro ônibus em Rondonópolis com uma criança morta e quatro adultos feridos que estavam na plateia.
 
Em relação à nota de apoio da Associação dos Oficiais da Polícia Militar de Mato Grosso (ASSOF - MT), com o devido respeito, ela é apresentada de forma "tendenciosa e corporativa", querendo sobrepor a Denuncia recebida pelo Poder Judiciário de Mato Grosso, sendo que o certo seria a ASSOF - MT, exigir apuração imparcial e justa com condenação ou absolvição respeitando o devido processo legal.
 
Representamos um movimento cujos participantes não desistem um minuto sequer de lutar por uma sociedade melhor e, sem violência, e no mais, buscar a proibição de torturas físicas e psicológicas, aos candidatos que realizam exames e treinamentos para ingresso na polícia Civil, Militar, Corpo de Bombeiros e demais corporações.
 
Certo da atenção da Família vitimada, Senhora Jane Patrício Claro e o Senhor Antonio Claro, e crente na justiça divina, confiante na justiça dos homens, confirmamos que estamos juntos para que a justiça seja feita, no triste caso em comento.
 
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