Que ações a escola deve promover para superar os desafios da aprendizagem? As respostas para essa pergunta estão sendo discutidas hoje (04-03) e amanhã, no Hotel Fazenda Mato Grosso, por secretários, coordenadores, professores e diretores de 33 escolas da rede de ensino da Capital na formação sobre o Plano de Desenvolvimento da Edução (PDE), promovido pela diretoria de políticas educacionais (Dipe) da Secretaria de Educação (SME) da capital.
O objetivo da capacitação é revitalizar o Planejamento Estratégico das Unidades Escolares. O documento contém todas as metas e ações para a melhoria na qualidade e resultados do ensino, desenvolvendo projetos que melhorem o desempenho dos estudantes no processo de ensino/aprendizagem e até nas relações pessoais na escola.
As unidades contempladas nessa formação são aquelas cujo o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) estão abaixo de 3,8 nos anos iniciais do Ensino Fundamental, e 4,1 nas séries finais. A formação é resultado de uma parceria do MEC, que contribui com recursos financeiros e técnicos, e da SME, cuja contrapartida é a oferta de recursos humanos.
De acordo com o líder do Comitê Estratégico do PDE na SME, Alexandre Carneiro Leão, o importante é que esse planejamento seja flexível, exeqüível e cumpra a finalidade de colocar a aprendizagem dos alunos em primeiro lugar. “O PDE não pode ser compreendido apenas sob o ponto de vista financeiro, mas fundamentalmente pedagógico. O recurso é importante, porém, mais importante são as ações não-financiáveis, que vão realmente causar impacto positivo na educação”, analisa.
O assessor também explica que o PDE é um órgão próximo ao plano de metas e compromissos “Todos pela Educação”. O documento propõe a adoção de um conjunto de diretrizes para o ensino no país, como a promoção a educação infantil, combate à repetência e à evasão escolar, além de implantação de plano de carreira, cargos e salários e formação inicial e continuada dos profissionais da educação. O termo também estabelece a projeção do índice do Ideb nos anos iniciais e finais do ensino fundamental.
Todas essas ações, segundo a diretora de políticas educacionais da SME, Julieta Ribeiro Domingues, são para que a escola esteja subsidiada e preparada do ponto de vista metodológico para alcançar as metas estabelecidas para a educação. “Temos que identificar as necessidades de cada aluno e trabalhar para que elas sejam atendidas. É importante que se compreenda que o PDE é um instrumento importante de melhoria na qualidade de ensino, pois, por meio dele, a escola diagnostica suas fragilidades e aponta o caminho para a superação dessas dificuldades”.
