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Sexta-feira, 16 de agosto de 2024

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Casal de cuiabanos antecipa volta após tensão e tiroteios no Rio de Janeiro

Foto: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

Casal de cuiabanos antecipa volta após tensão e tiroteios no Rio de Janeiro
Um casal de cuiabanos, que seguiu até o Rio de Janeiro na última sexta-feira (22) para acompanhar os shows do Rock In Rio e passar alguns dias na ‘Cidade Maravilhosa’, teve de antecipar a volta para a capital mato-grossense por conta do clima de tensão e dos intensos tiroteios que eram ouvidos no local.


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O homem, que preferiu não se identificar, disse ao Olhar Direto que a situação ficou ainda mais complicada na segunda-feira (25). O cuiabano relatou que após aproveitar os shows do Rock In Rio, não pôde sair do hotel, com medo do que pudesse ocorrer. Os barulhos de tiros eram intensos e perduravam durante a noite.
 
Segundo o cuiabano, muitos taxistas estavam recusando corridas para a Barra da Tijuca por conta dos intensos tiroteios. O Exército chegou a fechar várias vias da cidade por conta da megaoperação que acontece nos últimos dias: “Não sabemos qual lugar é seguro, os tanques do exército passam do nosso lado na rua, todos fortemente armados”. Alguns motoristas de Uber também indicavam o metrô como melhor opção.
 
Com a situação, o casal cuiabano que voltaria na quinta-feira (28), resolveu antecipar a volta e remarcar a passagem para esta terça-feira. Eles já desembarcaram na capital mato-grossense.
 
No domingo (17), uma guerra entre traficantes começou na Rocinha, aterrorizando os moradores, fechando escolas e deixando quatro mortos. Imagens gravadas por moradores mostram um bonde mais de 50 criminosos durante a invasão na comunidade.
 
A comunidade vive uma guerra depois da invasão à Rocinha, o que deflagrou uma disputa entre grupos de tráfico rivais. Segundo apontaram as investigações policiais, a ordem de invasão partiu do traficante Antônio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, que está preso em um presídio de segurança máxima em Rondônia.
 
A invasão teria sido motivada pelo rompimento entre o Nem e seu homem de confiança, Rogério 157, atual responsável pelo controle do tráfico de drogas na comunidade.
 
Segundo moradores, os traficantes impuseram uma “lei do silêncio” na comunidade, sendo proibidos de utilizar celular para fotografarem ou filmarem dentro da Rocinha. No entanto, em entrevista para a rádio CBN, o ministro da Defesa Raul Jungmann afirmou que as tropas das Forças Armadas devem permanecer na cidade até o final do ano de 2018, por determinação do presidente Michel Temer.
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