Os policiais militares que foram para a área de garimpo na Serra da Borda, em Pontes e Lacerda (448 km de Cuiabá), foram recebidos a tiros pelos invasores do local, no último domingo (01). Na última segunda-feira (02), aconteceu o processo de desocupação e os criminosos fugiram pela mata. Um carro foi queimado durante ação.
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Olhar Direto apurou que 16 homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) foram enviados. Além disto, uma aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) também auxiliou na operação de segunda-feira. Homens da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) também foram encaminhados para a ação.
No domingo, quando os policiais foram até o local, os invasores os receberam a tiros. Além disto, um carro utilizado pelos seguranças da área também foi queimado, para tentar impedir a passagem das viaturas. Fortemente armados, os policiais revidaram os ataques. Ninguém ficou ferido.
A Secretaria de Segurança Pública (Sesp) informou que os criminosos fugiram pela região de mata fechada. Além disto, os seguranças da empresa já retornaram ao local. Foram utilizados drones nesta ação para tentar identificar os bandidos antes que eles fugissem. Ninguém foi preso.
Em maio deste ano, novamente as forças de segurança de Mato Grosso estiveram no local com o objetivo de realizar nova desocupação na área. Segundo o comandante regional da Polícia Militar de Pontes e Lacerda, tenente-coronel PM Antônio Chaves, o local era palco de prostituição, uso de droga e dano ambiental.
No início de março o Ministério Público Federal em Mato Grosso voltou a pedir à Justiça Federal, para que a União encaminhe a Força Nacional para garantir a segurança do local. Na região, a exploração do ouro depende do licenciamento de órgãos ambientais e do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
O secretário afastado Rogers Jarbas chegou a ir até Brasília (DF) para tratar sobre o caso e a segurança do local, que é de responsabilidade da União. Porém, a reunião foi cancelada e uma nova data não foi marcada. Em tom de crítica, o chefe da pasta lamentou o ocorrido e garantiu que o Estado irá monitorar a serra até que a situação seja resolvida.
O garimpo na região, que ficou conhecida em setembro de 2015 como a 'Serra Pelada de MT', atraiu milhares de pessoas de todo o país dando início a uma verdadeira corrida pelo metal. Desde então o local é alvo de ocupações de garimpeiros que insistem na exploração, declarada como ilegal. Para impedi-los, forças de Segurança estiveram mobilizadas na Serra por meses, sendo retirada em março de 2016. Desde então, outras três ocupações foram registradas. No auge da ocupação, o local chegou a ter oito mil pessoas dedicadas direta ou indiretamente à exploração ilegal do ouro.
