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Sexta-feira, 16 de agosto de 2024

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PÓS MANIFESTAÇÃO

“Fiquei atrás das grades como um marginal", diz servidor após chamar policial de 'criatura'

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto/Ilustração

“Fiquei atrás das grades como um marginal
O agente prisional Enéas Suzarte da Silva Neto, de 62 anos, foi detido no final da manhã desta terça-feira (31) quando estava dentro do  Centro de Integração de Segurança e Cidadania (Cisc) do bairro Planalto. O fato aconteceu enquanto  o servidor permanecia no local para visitar a filha que é servidora do Departamento de Transito (Detran-MT) e havia sido presa durante protesto em frente ao Palácio Paiaguás, no Centro Político Administrativo (CPA), em Cuiabá.


Em entrevista ao Olhar Direto o servidor expressou indignação à situação da maneira como foi conduzida. “Tive que ficar pelado para me revistarem e acabei ficando atrás das grades como um marginal qualquer”, afirma.

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Momento antes da prisão, Eneas havia acabado de chegar ao Cisc, onde pedia para ver a filha. No vídeo ainda é possível observar que ele conversa com os policiais. Em determinado momento, ele fala ao delegado Wilson Cibulskis Junior o seguinte: “eu sou servidor como o senhor e também como esta criatura”.

O homem recebeu voz de prisão, teve que ficar pelado diante dos policiais e permaneceu detido por cerca de 30 minutos.  No local ele teve que assinar um termo circunstanciado para posteriormente responder em uma audiência de pequenas causas.   

O servidor contou ao Olhar Direto que em momento nenhum chegou a destratar os policiais. “Quando cheguei ao local uma policial me perguntou se a minha filha era menor. Alguém já viu alguma servidora menor? Depois outra policial fez a mesma pergunta e eu percebi que a todo o momento eles estavam em tom de deboche”, explica.

“Fiquei muito chateado com a situação. Não sou bandido, inclusive, somos todos colegas de trabalho. Não destratei o policial até porque meu filho também foi um, mas o delegado foi arbitrário nesta situação”, conta.

Enéas ainda relatou que durante o período que permaneceu no Cisc os policiais tentavam deixar o caso mais embaraçado.  

“Eu não tenho nenhuma passagem criminal nem boletim de ocorrência no meu nome, não sou bandido sou servidor”, concluiu. Na tarde hoje, 31, o Sindicato dos Servidores  do Detran afirmou que irá representar contra o Governo do Estado e os militares envolvidos na ação. 
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