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Quinta-feira, 15 de agosto de 2024

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Três meses após falecimento de recém-nascido, mãe alega não ter acesso a prontuário e registra ocorrência

Foto: Reprodução

Três meses após falecimento de recém-nascido, mãe alega não ter acesso a prontuário e registra ocorrência
A jovem Hellen Katarine Gomes da Silva, de 28 anos, estava grávida de 29 semanas e quatro dias quando teve um parto prematuro no Hospital Santa Helena, em Cuiabá. Guilherme Gomes Barbosa de Oliveira nasceu no dia 7 de agosto e já estava há cerca de 20 dias internado para ganhar peso quando os médicos descobriram que o bebê era portador de hidrocefalia (acumulação do líquido nas cavidades ventriculares cranianas). Posteriormente ele foi submetido a uma cirurgia e teve uma grave infecção, acabou não resistindo e morreu. Após três meses, Hellen tenta pegar o prontuário médico com os exames e laudos, que nunca foram entregues pelo hospital. Indignada ela registrou um boletim de ocorrência na 1ª Delegacia de Polícia.  


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De acordo com o B.O., Guilherme nasceu de parto prematuro no dia 7 de agosto. Durante período que permanecia internado para pegar peso, os médicos descobriram que o bebê tinha hidrocefalia. No dia 29 de setembro Guilherme foi submetido a uma cirurgia chamada derivação ventrículo-peritoneal (DVP) onde um dispositivo é usado para aliviar a pressão do cérebro causada pelo acúmulo de líquido. 
 
No mesmo dia a mãe da criança teve uma discussão com o pai, que teria ido até o hospital levar um pacote de fraldas. Irritada ela jogou o pacote no lixo e então o pai do bebê acionou uma assistente social que, de acordo com o B.O., ameaçou acionar o Conselho Tutelar, caso a jovem não pegasse o pacote de fraldas e usasse no recém-nascido.
 
Hellen acabou usando a fralda em Guilherme. Um dia depois ele precisou ser entubado, e no dia seguinte seu estado de saúde piorou. Hellen pediu atendimento médico no hospital, no entanto, a médica disse que não teria muito que fazer e aplicou morfina no bebê. Hellen teria chegado a questionar o procedimento, pois Guilherme já estaria sedado.
 
“Então a médica teria dito que sabia o que estava fazendo e caso a comunicante estivesse descontente que ela pegasse a criança e transferisse para outro lugar”, diz trecho do boletim de ocorrência.
 
Durante a noite do dia 28 de outubro Hellen continuou a pedir atendimento médico para o filho, mas foi informada que a médica estaria fazendo um parto. Na manhã do dia 29 Guilherme não resistiu e veio a óbito.
 
Segundo o atestado de óbito, Guilherme não resistiu devido à falência múltipla dos órgãos, septicemia neonatal, hidrocefalia e prematuridade extrema.  
 
No dia 2 de outubro a mãe foi até o hospital e solicitou o prontuário médico de Guilherme e foi informada que no prazo de 15 dias poderia ir buscá-lo.
 
“Fui buscar o prontuário e ele estava com várias páginas ilegíveis, algumas coisas adulteradas, E faltando vários exames. Entrei em contato com uma funcionaria e ela disse que faria a cópia de novo e colocaria os exames que estavam faltando. Me ligou pedindo que fosse buscar, no outro dia quando eu fui buscar fui comunicada por outro funcionário que eles não me entregariam”.
 
Hellen também questiona a divergência da tipagem sanguínea de Guilherme.  Os exames em um laboratório apontavam AB+, já em outro A+. Um dia antes do falecimento descobriram ser O+.
 
Três meses após o falecimento do filho, Hellen ainda não conseguiu o prontuário que reúne todos os exames e laudos do filho.

Outro lado
 
A reportagem entrou em contato com o Hospital Santa Helena através no número 2123-0300 e foi informada que a responsável pela assessoria de imprensa só voltaria a atender na terça-feira (02) de janeiro. A reportagem está aberta para publicar o posicionamento assim que o receber. 
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